Enquanto isso, a terceira opção do elenco e alternativa imediata é Lucas Besozzi. Contudo, as más notícias dos últimos dias podem reforçar a necessidade de a diretoria gremista ir ao mercado em busca de um outro ponta.

O elemento para ocupar o lado esquerdo do ataque se tornou uma pedra no sapato de Renato Portaluppi desde o ano passado. Com as constantes lesões de Ferreira, incontáveis foram as vezes que o treinador gremista externou pedidos de contratação de um “atacante de velocidade”. Embora o sonho fosse Michael, os contratados foram Juan Manuel Iturbe, que saiu do clube sem deixar saudades, e Besozzi, que ainda busca afirmação.

Lucas Besozzi, 21 anos recém completos, chegou ao Grêmio em agosto do ano passado. Já recebeu de Renato seis oportunidades no time titular (a última diante do Brasil de Pelotas), mas é mais constante como um jogador que sai do banco de reservas e entra no segundo tempo das partidas. Marcou um gol, contra o Athletico-PR, e deu passe para Suárez balançar as redes diante do Bahia.

Como Soteldo e Nathan Fernandes, tem no drible sua principal característica. Ele está emprestado pelo Lanús até julho e, para ficar com o argentino em definitivo, o Grêmio tem a opção de compra por 4 milhões de euros (R$ 21 milhões).

— Para gerir o grupo com o talento que o caracteriza, Renato estabelece e cumpre hierarquias. Besozzi é o primeiro da lista depois dos titulares. Rubens parece melhor, por exemplo, mas estaria atrás do argentino. Os jogadores respeitam critério. Besozzi ainda não respondeu afirmativamente — aponta o comentarista Mauricio Saraiva.

A entrada de André Henrique, utilizado nas últimas partidas pelo lado do campo, também é uma possibilidade. Autor de um golaço diante do Novo Hamburgo, ele tem atuado como ponta direita, porém tendo presença constante na área, próximo de João Pedro Galvão. Neste cenário, Galdino passaria para o lado esquerdo. Mesmo ainda se recuperando de dores, que exigiram o uso de uma injeção para atuar diante do Novo Hamburgo, André Henrique também tem se destacado com gols nos treinamentos.

— Eu gosto quando os jogadores jogam em mais de uma posição. Tanto por dentro quanto pelo lado, ele tem agradado — explicou Renato.

Outra possibilidade seria não ter ponteiros. Não é de hoje que Renato encontra na mudança do esquema tático uma alternativa para a falta de um jogador com uma determinada característica. No ano passado, ao não ter o tão pedido atacante de velocidade, o treinador gremista introduziu no time mais um zagueiro e deu liberdade aos alas e meias, formando um 3-4-2-1. O esquema teve sucesso principalmente nos jogos de mata-mata da Copa do Brasil contra o Cruzeiro.

Fonte : GZH 

Foto : Lucas Uebel / Grêmio/Divulgação