Crime aconteceu na noite de quarta-feira (24). "Não tem explicação. Não consigo nem assimilar como vai ser daqui para frente", conta a esposa.
A família de Oseias da Rocha, assassinado a tiros aos 37 anos dentro da academia da qual era proprietário em Alvorada, na Região Metropolitana de Porto Alegre, não consegue entender o que pode ter levado alguém a cometer esse crime.
“Ele foi uma ótima pessoa, um ótimo pai, sempre disposto a conversar com todo mundo. Não tem explicação. Não consigo nem assimilar como vai ser daqui para frente”, conta a esposa, Cassiane.
Oseias nasceu em Santa Rosa, no Noroeste do estado. Teve origem humilde e, ainda adolescente, mudou-se para Igrejinha, a 95 km de Porto Alegre, em busca de oportunidades de trabalho. Na cidade, exerceu a função de modelista de calçados – profissional que faz os moldes usados na produção calçadista – e prestou serviços para diferentes empresas. Aprendeu o ofício fazendo, segundo a esposa.
Foi no município que conheceu a esposa, Cassiane, com quem estava casado há cerca de 20 anos e teve dois filhos: Rhaica, de 16 anos, e Miguel, de 6.
Uma mudança no mercado de trabalho em que atuava e uma oportunidade de negócio fez com que empreendesse e abrisse uma academia de ginástica junto com a esposa.
“Ele sempre desenhou muito bem, foi modelista de calçados para empresas, mas a moda vai e volta. Ele batalhou muito, cresceu na vida, surgiu essa possibilidade [de abrir a academia] e nós fomos”, conta Cassiane.
Na academia, Cassiane conta que ela e Oseias tentavam fazer com que o ambiente fosse de amizade e companheirismo, seja com os funcionários ou com os alunos. Tanto é que era comum que, lembrando das suas origens humildes, eles ajudassem e aconselhassem quem precisasse.“Não dá para entender. Eu perdi o chão”, desabafa Cassiane ao voltar a falar do assassinato do marido.
Oseias é velado nesta quinta-feira (26) na Capela Municipal de Igrejinha. O sepultamento está previsto para ocorrer logo após no Cemitério Municipal.
Fonte : g1 RS
Foto: Arquivo pessoal