Polícia Civil não descarta nenhuma linha de investigação, mas hipótese de latrocínio perdeu força, já que material não foi levado
A Polícia Civil busca resolver o mistério que ronda o assassinato de um vendedor de joias de Gravataí, na Região Metropolitana, encontrado morto no interior Igrejinha, no Vale do Paranhana, na quarta-feira (13) da semana passada. Junto ao corpo, foram encontradas notas de dinheiro, cheques e peças de ouro, material avaliado em cerca de R$ 80 mil.
Segundo o delegado Ivanir Caliari, a vítima, André Azevedo, 37 anos, trabalhava no setor de joias havia cerca de 10 anos e não possuía antecedente criminal. O delegado afirma que a motivação do crime é desconhecida. A hipótese mais provável, contudo, é de execução.
— Ficou transparecendo uma situação mais de homicídio. Não descartamos latrocínio (roubo com morte), mas nos causa estranheza não levarem o ouro — destacou o delegado.
Além das joias, Caliari acrescenta que o dinheiro e os cheques que estavam com Azevedo também não foram levados. A perícia confirmou que foram cinco disparos, e que o crime aconteceu dentro do carro da vítima — que foi encontrado abandonado às margens da RS-020, em Gravataí, no dia seguinte.
De acordo com testemunhas ouvidas, a vítima foi vista pela última vez cerca de três horas antes do assassinato, quando saiu da casa da namorada, em Novo Hamburgo, às 14h de 13 de agosto. O crime aconteceu por volta das 17h daquele dia.
Ele teria dito que iria a Porto Alegre, onde se encontraria com clientes. Amigos e vizinhos ouvidos ainda declararam à Polícia Civil que nunca souberam de alguma ameaça contra Azevedo.
— É um fato bem complexo — resumiu Caliari.
Peças de ouro estavam nos bolsos da vítima Polícia Civil / Divulgação