Foto: André Ávila / Agencia RBS
Finalista mais jovem da competição, a égua paranaense Belle Porcelana, da criadora Elisabeth Lemanski, venceu o Freio de Ouro 2023 entre as fêmeas. Entre os machos, o vencedor foi Guanabara Saladero, de Luiz Carlos Carvalho Júnior. As finais foram disputadas neste domingo (27) na Expointer, em Esteio.
Pela primeira vez em 41 anos de Freio de Ouro, as provas foram disputadas em pista coberta, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio. Com investimento de R$ 3,5 milhões, a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC) protegeu os 6 mil metros quadrados de pista com uma estrutura de alumínio, evitando o lamaçal de anos anteriores e dando igualdade de competição a todos os animais. No centro da arena, quatro telões – cada um com cinco metros de comprimento por três metros de altura – exibiam os detalhes de cada movimento de cavalos e ginetes.
No total, mais de mil animais passaram pelas seletivas até os 102 machos e fêmeas que disputam as finais. Na grande decisão deste domingo, foram 16 éguas e 16 cavalos, conduzidos por 15 ginetes.
Com quatro anos e oito meses, Belle Porcelana, égua paranaense de pelo tostado, foi montada por Daniel Teixeira, criador que classificou 10 animais para as finais, seis deles disputando as primeiras colocações neste domingo – duas éguas e quatro cavalos.
Para Frederico Araújo, dirigente da ABCCC, a regularidade de Belle Porcelana nas provas funcionais foi o grande diferencial para levá-la ao topo do pódio.
— Ela não perdeu rendimento em nenhum momento. Fez uma grande final — comenta.
Frederico também avaliou o desempenho de Guanabara Saladero, que venceu entre os machos:
— Saiu atrás nas provas anteriores, de morfologia e foi crescendo nas provas funcionais. Não errou nada nas finais e foi campeão.
Antes das provas finais, para surpresa geral, um cavalo entrou em disparada na pista. Era Colibri Matreiro, maior campeão da história do Freio de Ouro. Único tricampeão da competição, vencedor em 2020, 2021 e 2022, Colibri foi conduzido pelo ginete Gabriel Marty, seu parceiro nos três triunfos sucessivos.
Aplaudido de pé pela plateia, Colibri percorreu a galope os 6 mil metros quadrados da pista e, pela última vez, demonstrou suas habilidades na esbarrada e no giro sobre patas. Na sequência, Marty levou o cavalo até o centro da arena e o desencilhou, num gesto simbólico de concessão de aposentadoria.
Nascido na Argentina, criado no Uruguai e habitando uma cabanha brasileira, Colibri ganhou uma capa com a frase “Orgulho da América” e deixou a pista, mais uma vez reverenciado pelos aplausos do público.
Os campeões
FREIO DE OURO
Belle Porcelana – 20.751 pontos
Criador Elisabeth Lemanski
Ginete Daniel Teixeira
FREIO DE PRATA
Jugada de Santa Márcia – 20.589 pontos
Criador Jorge Holtz
Ginete Gabriel Marty
FREIO DE BRONZE
Realidade Charrua – 20.554 pontos
Criador José Ignácio e Santiago Platero
Ginete Ricardo Wrege
FREIO DE ALPACA
Têmpera do Recanto Crioulo – 20.443 pontos
Criador Adelmo Hess e Cabanha Chão Sagrado
Ginete Cláudio Fagundes
FREIO DE OURO
Guanabara Saladero – 20.628 pontos
Criador – Luiz Carlos Carvalho Jr
Ginete José Fonseca Macedo
FREIO DE PRATA
AS Malke Fogo de Chão- 20.606 pontos
Criador José Schwank
Ginete Daniel Teixeira
FREIO DE BRONZE
Mis Amores da Taimã – 20.504 pontos
Criador Taiane Zocchetto
Ginete Fabrício Barbosa
FREIO DE ALPACA
Leopardo da GAP São Pedro – 20.463 pontos
Criador Condomínio Leopardo
Ginete Nathan Valadão
Fonte : GZH
Foto :André Ávila / Agencia RBS
Foto: André Ávila / Agencia RBS 
(55) 3375-8899, (55) 99118-5145, (55) 99119-9065
