Professora aposentada Verani Corso, de 77 anos, sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) durante viagem com um grupo de amigas no fim de julho. Quadro de saúde da idosa é estável.
Familiares estão se mobilizando nas redes socais para a trazer de volta ao Rio Grande do Sul Verani Corso, de 77 anos, após ela sofrer um acidente vascular cerebral (AVC) durante uma viagem viagem à Argentina no fim de julho. De acordo com o filho da professora aposentada, Ramão Corso, ela é torcedora fanática do Internacional e tinha como sonho conhecer a terra do ídolo D’Alessandro.
“A minha mãe colorada que é, ficou muito empolgada em conhecer a terra do Andrés D’Alessandro,” comenta.
Segundo Ramão, o grupo chegou a Mendoza, na Argentina, no dia 31 de julho. No entanto, o objetivo não era ir a Buenos Aires, onde o Internacional enfrentaria o River Plate pela Copa Libertadores, mas visitar a fronteira do país com o Chile.
Verani teria passado mal na madrugada do dia 2 de agosto, no quarto do hotel. Ramão disse que foi avisado por volta das 10h, pela guia da viagem. Ainda segundo ele, a profissional teria acompanhado a idosa ao Hospital Central de Mendoza, até 4 de agosto, dia em que o filho chegou à cidade.
“Neurologicamente ela está bem. Consegue entender o que falamos, tenta se comunicar, mas por conta da paralisia do lado esquerdo da face, não consegue falar. Está com o lado esquerdo do corpo paralisado, assim como o lado esquerdo da face. Tem um coágulo de 4,5 cm de diâmetro, que os médicos daqui acreditam que será absorvido”, explica.
Conforme o filho, o quadro de saúde da aposentada é estável. Não há previsão de alta.
Ramão fala que o translado para o Brasil foi autorizado pela equipe médica do hospital no dia 14 de agosto. Ele conta que procurou o consulado brasileiro na Argentina.
“Realizei cotações, vi que o preço era fora do que podemos pagar, então procurei o consulado brasileiro em Mendoza. Aqui, perguntei se poderiam colaborar se alguma maneira nisso e o que me falaram é que o consulado não realiza este tipo de trabalho,” diz.
Em nota, o Ministério das Relações Exteriores do Brasil (MRE), disse ter conhecimento sobre o caso. “Presta a assistência cabível à nacional e a seu filho”. O órgão ainda afirma que “por limitações orçamentárias e em respeito às normas legais vigentes, não é possível proceder a repatriações médico-hospitalares”. (Leia a íntegra do documento abaixo)
A Secretária Estadual da Saúde (SES) informou que “o transporte dessa paciente precisa ser definido pelo Itamaraty, pois se trata de uma paciente que está em outro país”.
O Ministério das Relações Exteriores, por meio do Consulado-Geral do Brasil em Mendoza, tem conhecimento do caso e presta a assistência cabível à nacional e a seu filho.
Por limitações orçamentárias e em respeito às normas legais vigentes, não é possível ao Ministério das Relações Exteriores proceder a repatriações médico-hospitalares.
Em observância ao direito à privacidade e ao disposto na Lei de Acesso à Informação e no decreto 7.724/2012, informações detalhadas poderão ser repassadas somente mediante autorização dos envolvidos. Assim, o MRE não poderá fornecer dados específicos sobre casos individuais de assistência a cidadãos brasileiros.