Termo "Festa da Selma" foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções
A Polícia Federal (PF) realiza nesta quinta-feira (17) a 14ª etapa da operação Lesa Pátria. São cumpridos 10 mandados de prisão e 16 de busca e apreensão, com o objetivo de investigar indivíduos suspeitos de envolvimento em incitação e participação nos ataques ocorridos em 8 de janeiro. Até o momento, oito pessoas foram presas. Entre os alvos da ofensiva estão: o pastor evangélico Dirlei Paz, que nas redes sociais se identifica como “servo do Senhor” e “patriota” e aparece em foto pedindo “intervenção federal”; a cantora gospel Fernanda Ôliver; e o influenciador Isac Ferreira.
“O termo Festa da Selma foi utilizado para convidar e organizar transporte para as invasões, além de compartilhar coordenadas e instruções detalhadas para a invasão aos prédios públicos. Recomendavam ainda não levar idosos e crianças, se preparar para enfrentar a polícia e defendiam, ainda, termos como guerra, ocupar o Congresso e derrubar o governo constituído”, indicou a corporação.
Agentes ainda vasculham 16 endereços nos Estados da Bahia, Goiás, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e no Distrito Federal. As ordens foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
A Operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.
A expressão “Festa da Selma” foi identificada em mensagens identificadas nas redes sociais, em especial no Telegram, convocando bolsonaristas para os atos de 8 de janeiro. O diálogos mostraram a organização dos investigados antes dos atos de violência.
“ATENÇÃO. Nos QGs de Brasília é apenas para hospedagem e concentração dos convidados que estão chegando. Lá que vai ser combinado: o horário e a data para a festa da Selma. Lembram da Selma né? A Festa não é no QG”, diz uma mensagem enviada em grupo bolsonarista na véspera do quebra-quebra em Brasília, identificada pela Advocacia-Geral da União (AGU) no início do ano.
A Operação investiga supostos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.