Menina de três anos foi acometida pela Haemophilus influenzae do tipo a, para a qual não há vacina
A Secretaria Estadual da Saúde do Rio Grande do Sul confirmou nesta terça-feira (5) que a morte de uma menina de três anos em Passo Fundo, no norte gaúcho, foi causada por meningite Haemophilus influenzae do tipo a (bacteriana). A suspeita inicial era de que a causa pudesse ser meningite meningocócica.
A secretaria afirma que não há vacina disponível para este tipo de meningite e que todas as medidas de controle foram realizadas pela Vigilância Epidemiológica, de forma que não houve casos secundários.
A principal estratégia de prevenção das meningites bacterianas é a vacinação. A menina que morreu no dia 21 de agosto possuía a vacina pentavalente, que protege contra difteria, tétano, coqueluche, hepatite B e Haemophilus influenzae do tipo b.
Além da vacinação, outras medidas podem ser tomadas, como manter hábitos de higiene, lavando as mãos com frequência e mantendo a higiene de utensílios domésticos, evitar compartilhar objetos de uso pessoal e manter os ambientes ventilados e ensolarados, principalmente em salas de aula, locais de trabalho e no transporte coletivo.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece vacinas contra as formas mais graves de meningite, como meningite tipo C e meningite por pneumococo:
A meningite é uma inflamação das meninges, que são as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode ser causada por bactérias, vírus, fungos e protozoários, bem como por traumatismos.
As meningites provocadas por vírus costumam ser mais leves. Os sintomas se parecem com os da gripe e dos resfriados. Já as meningites bacterianas são mais graves e têm como sintomas febre alta, irritabilidade ou apatia, mal-estar, vômitos, dor forte de cabeça e no pescoço, dificuldade para encostar o queixo no peito e, às vezes, manchas vermelhas espalhadas pelo corpo.
Após apresentar sintomas semelhantes aos de meningite, os familiares da menina de três anos a levaram ao Hospital São Vicente de Paulo (HSVP) no dia 19 de outubro. Ela morreu dois dias depois, em 21 de outubro.
À época, a prefeitura de Passo Fundo informou, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, que o caso estava sendo acompanhado desde o início e que era tratado como suspeito.
Ainda segundo o município, a criança estudava em uma Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI) no bairro São Cristóvão e por isso, no dia 21 de outubro, foi realizada uma reunião com familiares de alunos, professores e funcionários da escola para explicação dos procedimentos e cuidados a serem tomados, além do esclarecimento de dúvidas.