Vitória sobre o São Paulo escancara importância dos laterais no Inter de Coudet - Agora Já -

Vitória sobre o São Paulo escancara importância dos laterais no Inter de Coudet



Liberdade a Bustos e Renê foi fundamental para buscar a virada no Beira-Rio

Foto: Jonathan Heckler / Agencia RBS
15 de setembro de 2023

A vitória do Inter sobre o São Paulo teve como marca a participação de Bustos e Renê. Desde 2011, o time não tinha um gol de cada lateral em uma partida. E foi justamente pelos lados, respeitando as características de ambos, que ocorreu a virada.

Para explicar a importância de ambos, primeiro, precisa-se recordar do que disse Eduardo Coudet na entrevista coletiva. No intervalo da partida, quando o Inter perdia por 1 a 0, ele pediu aos atletas que aumentassem a pressão e subissem a marcação. Bustos foi um símbolo desta postura, desarmando e recuperando a posse no campo de ataque. A seu modo, Renê também colaborou, fechando os espaços na segunda linha, logo depois da pressão dos jogadores mais ofensivos

— Subir um pouco mais as linhas para pressionar e roubar a bola mais à frente. Estar convencido do que fazemos, da ideia e de que poderíamos gerar muito mais. O time saiu muito bem no segundo tempo e estou contente não apenas em relação à pressão e recuperação, mas ao jogo. Criamos muitas situações de gol contra um adversário que joga bem, que tem jogadores de muita qualidade. Ajustamos algumas coisas e saímos a buscar o resultado — disse Coudet, que completou:

— Trabalhamos de formas diferentes. O mérito é dos jogadores, porque oferecemos diferentes formas de jogar, mas quem decide são eles. Ora Renê e Bustos atacavam por fora, outras por dentro, deixando os lados para Mauricio e Wanderson. Eles tomaram as decisões e foram muito bem. Temos um grupo inteligente, com muita vontade de melhorar e ganhar

Nesse cenário de linhas mais adiantadas, os papéis dos laterais foram determinantes. Pela direita, Bustos aproveitou a baixa intensidade de marcação de Lucas Moura para atacar com liberdade. Além de dar amplitude pela direita, o argentino aparecia constantemente na área. Foi assim que marcou o gol do empate aproveitando a sobra do cruzamento de Wanderson.

— Todos os treinadores nos ajudam, não só a mim. Chacho, pela ideia de ataque que tem, me deixa mais cômodo, mas com Mano Menezes tive um grande ano em 2022. É sempre importante ter a confiança do treinador — declarou Bustos após a partida.

Do outro lado, Renê até aparecia por fora em alguns momentos, mas sua principal contribuição foi por dentro, dando o lado do campo para Wanderson buscar as iniciativas pessoais. Começando como um terceiro homem na saída de bola, ele tinha liberdade para avançar pelo campo buscando espaços que normalmente são ocupados pelos volantes. Foi exatamente nesse posicionamento que ele recebeu o passe de Alan Patrick e acertou um belo chute para decretar a virada no gol que quebrou a sequência de maus resultados do Inter no Brasileirão.

— Comecei a carreira sendo muito ofensivo, depois muito defensivo. Tenho tentado encontrar um equilíbrio, obedecendo ao que pede o treinador. Jogo ao lado do Wanderson, que é o melhor driblador do time. Então, dou suporte a ele. Desde a chegada de Coudet, tenho mais liberdade para ajudar na frente — comentou Renê.

Os lances do gols exemplificam a forma como Coudet tem usado seus laterais. Bustos é um ponta quando o Inter tem a bola com a missão de entrar na área, um jogador de ataque, já Renê é construtor, que parte de um posicionamento junto aos zagueiros e cria por dentro.

Fonte : GZH 
Foto : Jonathan Heckler / Agencia RBS

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