Turista em estado grave após acidente a caminho da Serra do RS estava em 'segunda lua de mel', diz família; suspeito foi preso - Agora Já -

Turista em estado grave após acidente a caminho da Serra do RS estava em ‘segunda lua de mel’, diz família; suspeito foi preso



Motorista investigado por colisão foi preso nesta segunda-feira (31). Rosana Motta vive no interior de São Paulo e estava indo a Gramado com familiares quando veículo conduzido por Diego Cardoso Souza de Oliveira, que estava na contramão, atingiu o carro da família.

Foto: Foto: Arquivo pessoal
1 de agosto de 2023

A família da turista paulista ferida gravemente após um acidente a caminho da Serra do RS acompanham com apreensão o estado de saúde de Rosana Motta, 59 anos, internada em Canoas, na Região Metropolitana de Porto Alegre. Segundo Wanderley Motta, o casal comemorava uma “segunda lua de mel”.

De repente, esse sonho se transformou em pesadelo. Um pesadelo jamais imaginado por qualquer um de nós. Foi muito difícil. Está sendo difícil”, lamenta Wanderley Motta, marido de Rosana.

Diego Cardoso Souza de Oliveira, 30 anos, foi preso preventivamente na manhã desta segunda-feira (31), em Três Coroas, a cerca de 100 km de Porto Alegre, onde ocorreu o acidente, no dia 23 de julho

De acordo com a Polícia Civil, o carro que ele conduzia colidiu frontalmente contra o veículo que transportava Rosana, além do marido, de 57, do filho do casal, de 17, e de um motorista profissional.

A defesa de Diego manifestou a intenção de pedir habeas corpus ao suspeito.

“Nós planejamos, no máximo até amanhã, impetrar uma ordem de habeas corpus perante o Tribunal de Justiça, utilizando a fundamentação de que o Diego vem se colocando à disposição. Essa defesa técnica ficou sabendo do decreto de prisão preventiva ainda no sábado à tarde e já fizemos contato imediatamente com autoridade policial, já deixando consignado que ele se apresentaria na segunda-feira pela manhã de maneira espontânea e assim o fez”, comenta Fábio Fischer, advogado do suspeito.

Lesão no crânio

Rosana teve lesão no crânio após o acidente. De acordo com o delegado Ivanir Caliari, responsável pelas investigações, o caso deve ser tratado como homicídio doloso tentado, com a aplicação do dolo eventual, já que o motorista, mesmo embriagado e visivelmente sem condições psicomotoras, decide dirigir.

“Nós estávamos quase chegando no nosso destino, que era Gramado, numa segunda lua- de-mel. Nós estávamos muito felizes, eu estava muito contente, estava tudo correndo bem. E, por volta das 19h do dia 23, de repente vem uma luz na nossa direção, um carro desgovernado, totalmente na contramão e colide com a gente. A gente só escutou o estouro”, relata Wanderley Motta, marido de Rosana.

A família de Rosana vive em Itapetininga, município paulista a cerca de 170 km de São Paulo, e visitava o Rio Grande do Sul. De acordo com Wanderley, eles trafegavam pela ERS-115 em direção a Gramado, onde passariam férias, e haviam acabado de deixar o Aeroporto Salgado Filho.

O suspeito vinha no sentido contrário, de acordo com a Polícia. Segundo as investigações, que tiveram acesso a testemunhas e câmeras de monitoramento de um estabelecimento comercial de Três Coroas, o homem consumiu grande quantidade de bebida alcoólica e deixou um bar com as qualidades psicomotoras alteradas.

Conduzindo o carro, que também transportava um passageiro, ele acessou a contramão da rodovia no sentido Três Coroas-Igrejinha. Ali, colidiu contra o veículo que levava a família de Rosana e era dirigido por um motorista profissional. Diego teria negado que o passageiro, um amigo dele, conduzisse o veículo.

No local, Diego, que se feriu levemente, recusou-se a fazer o teste do bafômetro, de acordo com a Polícia Civil, mas um prontuário médico aponta sinais de embriaguez. A família de Rosana e o motorista que os levava também ficaram feridos e foram atendidos em hospital de Três Coroas.

Já Rosana foi levada com urgência ao Hospital de Pronto-Socorro de Canoas, onde foi constatada a lesão no crânio

“É um momento chocante que mudou as nossas vidas para sempre. Falando por mim, eu estava em casa como qualquer um no domingo à noite, vendo TV, e daqui a pouco o telefone toca com a notícia de que minha mãe está numa UTI em estado grave”, comenta Jaqueline Motta, filha de Rosana que não estava na viagem e veio ao Rio Grande do Sul acompanhar a recuperação da mãe.


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