Gabriel Paschoal Rossi, 29 anos, foi encontrado morto na semana passada, após desaparecer no município de Dourados, onde trabalhava
A Polícia Civil do Mato Grosso do Sul desvendou o suposto esquema de golpes por trás do desaparecimento e assassinato do médico Gabriel Paschoal Rossi, 29 anos. Conforme a investigação, a suposta mandante da morte seria uma mulher de 29 anos, presa com mais três homens acusados pelo crime na segunda-feira (7).
Segundo informações do Serviço de Investigações Gerais (SIG) divulgadas pelo portal G1, a mulher teria utilizado o celular de Gabriel para aplicar golpes mesmo após a sua morte. Segundo a investigação, a suspeita teria se passado pelo médico em um aplicativo de mensagens para pedir dinheiro a amigos dele, conseguindo arrecadar R$ 2,5 mil.
“Arruma ai quem tem 5 mil na conta eu pago 6 quarta-feira, preciso mandar pro meu tio aqui ele tá me enchendo o saco”, diz uma mensagem supostamente enviada pelo celular do médico. Em outro momento, a pessoa escreve que está sendo ameaçada por um delegado de Mato Grosso do Sul, “se algo me acontece vc ta sabendo” (sic).
Em outro trecho, um familiar começou a desconfiar das mensagens e pediu para que Gabriel enviasse um áudio, mas a resposta só chegou em mensagem. “So manda esse pessoal parar de me amolar que enquanto eu não falar com quem eu tenho que falar eu vou responder ngm!” (sic).
— A informação que temos é que o celular da vítima continuou sendo utilizado mesmo após a morte. Alguém usou o aplicativo de mensagem do médico enquanto ele estava morto — disse o delegado Erasmo Cubas, responsável pela investigação
O médico desapareceu em 26 de julho, em Dourados, onde residia. O corpo dele foi encontrado com os pés e mãos amarradas, em uma casa de aluguel por temporada, na quinta-feira (3). Além de Bruna Nathalia de Paiva, 29 anos, foram presos em Minas Gerais Gustavo Kenedi Teixeira, 27, Keven Rangel Barbosa, 22, e Guilherme Augusto Santana, 34, segundo informou o g1.
O delegado Erasmo Cubas afirmou que Rossi participava dos golpes, realizando saques de benefícios, com documentos forjados encaminhados pela quadrilha. A participação dele teria iniciado no período em que era universitário.
— Tudo dava certo, até ele participar de algum evento que gerou montante mais alto, que Bruna não queria repassar pra ele — afirmou o delegado na coletiva.
De acordo com a investigação, Rossi teria valores a receber de Bruna, que seriam resultado das fraudes – não foi detalhado como teria se originado essa dívida. A polícia estima que essa soma possa chegar a R$ 500 mil.
Após ter sido confrontada por ele a realizar o pagamento, conforme a polícia, a mulher teria decidido matar o médico. Para concretizar o assassinato, teria contratado os executores. Há suspeita de que Bruna pagou cerca de R$ 50 mil a cada um deles.