Saiba qual a opinião dos candidatos ao governo do RS sobre concessão de estradas e cobrança de pedágio - Agora Já -

Saiba qual a opinião dos candidatos ao governo do RS sobre concessão de estradas e cobrança de pedágio

Foto: MARCO FAVERO/Agência RBS
26 de agosto de 2022

Para ajudar os eleitores a conhecerem a posição dos candidatos ao governo do Rio Grande do Sul sobre alguns dos temas mais relevantes desta eleição, os postulantes ao Palácio Piratini foram convidados a responder, de forma sucinta, a respeito de temas que impactam diretamente no cotidiano dos gaúchos.

Foram chamados a participar os oito concorrentes cujos partidos têm representação no Congresso Nacional, mesma regra adotada para a participação nos debates eleitorais.

Os candidatos respondem sobre o plano de concessão de rodovias no Rio Grande do Sul elaborado no atual governo. Na proposta do Palácio Piratini serão concedidos à iniciativa privada 1.131 quilômetros de vias por 30 anos, com obras de duplicação e melhorias, em troca da cobrança de pedágio.

O pacote foi dividido em três blocos. O bloco 3, com rodovias da Serra e Vale do Caí, foi a leilão em abril e o resultado gerou reação pelo alto valor dos pedágios. Já o bloco 1, formado por estradas da região metropolitana de Porto Alegre, Litoral Norte e região das Hortênsias, voltou para a fase de estudos e deve ficar para 2023.

O leilão do bloco 2, que estava previsto para 1º de setembro, foi desmarcado pelo governo do Estado. O Piratini afirma que o adiamento ocorreu a pedido de empresas e que nova data será agendada.

A pergunta feita aos oito candidatos foi a seguinte:

O senhor manterá o pacote de concessão de estradas em troca da cobrança de pedágio no RS?

Leia a resposta de cada um, em ordem alfabética:

 

ARGENTA (PSC): 

“Sim. O que está contratado temos que manter. Muitas vezes, rever o contrato ou reformular o contrato vai custar muito mais caro. Temos que manter o pedágio sim. Porém, temos que cobrar os investimentos contratados e excelentes serviços que essas empresas precisam prestar ao cidadão gaúcho.”

 

EDEGAR PRETTO (PT):

“Não. Não tenho preconceito contra pedágio, sou contra o negócio mal feito. Queremos estabelecer um diálogo com as regiões e, onde for necessário, que seja um pedágio justo e leve em conta o desenvolvimento de cada região. A concessão que o governo está implementando não é um bom negócio. Precisamos modificá-la”

 

EDUARDO LEITE (PSDB):

“Sim. As concessões são necessárias para que o Estado possa ter a ampliação da sua malha rodoviária e a qualificação da malha rodoviárias existente. E, além disso, a manutenção adequada dela ao longo dos próximos anos.”

 

LUIZ CARLOS HEINZE (PP):

“Sim. Precisa da concessão, agora um sistema justo. O que tenho ouvido, no caso da RS-118, especificamente, no caso da RS-122, e no caso de Encantado em direção a Lajeado, por exemplo, tem críticas em relação ao sistema de concessão. Mantém o pacote, mas tem de revisar os processos.”

 

ONYX LORENZONI (PL):

“Não. Concessões rodoviárias são um bom caminho desde que a tarifa seja barata e a gente proteja o usuário. Não pode botar pedágio na boca de cidades, principalmente, como foi proposto na Região Metropolitana, de cidades que têm carências e precisam de estímulos. Muda tudo, porque está mal feito.”

 

RICARDO JOBIM (NOVO):

“Sim. Os contratos tem de ser respeitados, mas precisamos estudar aquilo que está projetado e não foi assinado ainda. Não concordamos com pedágios em zonas urbanas. Precisamos privatizar sim, mas com critérios. A gente mantém o pacote, principalmente aquilo que foi assinado e precisa ser honrado.”

 

VICENTE BOGO (PSB):

“Sim. O governador que for eleito vai ter que prometer, para assumir, que vai cumprir e fazer cumprir a lei. Então, o que é contrato juridicamente perfeito eu terei de honrar. Sempre o contrato pode ser revisado, revisto, aí tem de ver qual o ônus disso.”

 

VIEIRA DA CUNHA (PDT):

“Não. Esse pacote será revisto. Vamos discutir com as comunidades. Não sou contra as concessões, muito menos as parcerias público-privadas, mas com modicidade tarifária. E com um processo democrático, transparente, com a participação das comunidades nas tomadas das decisões.”

 

*Fonte: GaúchaZH, redação de Paulo Egídio e Gabriel Jacobsen

*Foto: MARCO FAVERO/Agência RBS


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