Vitória praticamente livrou o time de qualquer chance de rebaixamento e encaminhou vaga para a Copa Sul-Americana
Pelos resultados paralelos da rodada, a partida contra o Bragantino era uma decisão para o Inter, que via diminuir a distância do Z-4. Pela qualidade do adversário e pelos desfalques colorados, seria um jogo duro. Mas o Beira-Rio viu uma batalha colorada para vencer por 1 a 0, gol de Valencia, cobrando pênalti. A lesão do equatoriano no intervalo deixou o jogo dramático. Mas a equipe de Eduardo Coudet segurou a vitória, subiu para 46 pontos e terminou o dia em 11º.
Há uma folga de cinco pontos (ou seja, duas rodadas) para o 17º colocado, que será Bahia ou Cruzeiro ao final da segunda-feira (27), já que o Cruzeiro visita o Goiás. Mas, mais do que tudo, tem uma fila de equipe entre o Inter e o Z-4. Fortaleza, Corinthians, Santos, Vasco e Bahia (ou Cruzeiro). Até por isso, a sensação da torcida que foi ao Beira-Rio, antes de qualquer coisa, era alívio. Inclusive, essa foi a palavra usada por Renê para definir a vitória:
— O sentimento é de alívio. Poderíamos ter tido um ano mais tranquilo, mas acabamos focando na Libertadores e pagamos no Brasileiro. Cabia a nós sair dessa situação, agora vamos em busca da Sul-Americana.
A vitória era o que importava, e isso ficou bem claro para todos no Beira-Rio. E também foi essa a razão para a equipe fazer um segundo tempo bem diferente daquele idealizado por Coudet. O time abandonou a posse, recuou e fez o tempo passar, preocupado em segurar o resultado. O treinador disse:
— Nos dias de trabalho, falamos da importância de ganhar. Tivemos as linhas mais baixas, cedemos a bola. E no intervalo, falei para os jogadores que o importante era defender o “zero” na nossa goleira. Estamos acostumados a jogar de um jeito, mas sinceramente, o resultado estava acima da ideia. Às vezes o futebol tem isso. Vencemos e conquistamos três pontos que eram importantes para subirmos na tabela.
Antes do jogo, o Inter tinha como desfalques Alan Patrick e Aránguiz, a quem o técnico chama de “os melhores para controlar o jogo”. Mas a situação piorou ao longo da partida. Vitão saiu lesionado e Valencia foi substituído no intervalo. Coudet tentou tranquilizar os colorados, mas não garantiu a presença de ambos contra o Cuiabá, na próxima rodada:
— Não me pareceu lesão, pode ser fadiga. Mas não sei se vão estar disponíveis para quarta-feira (29).
O substituto de Alan Patrick foi Lucca. O treinador explicou a opção:
— Escolhi Lucca pela juventude. Era um jogo para correr e brigar muito.
Com uma certa “tranquilidade” para o final do ano, Coudet foi perguntado, novamente, pelo futuro. Para as próximas partidas, afirmou que terá força máxima:
— Não dou minutos de presente para ninguém. Todos têm de ganhar esse tempo nos treinos. Não faço beneficência. Vamos pensar no jogo do Cuiabá, ver quem estará bem daqui a três dias e colocar o que tivermos de melhor e tentar ganhar novamente.
E a respeito de 2024, mais uma vez despistou, desta vez com uma frase final de certa forma esclarecedora.
— Vou falar o que repito sempre. Todos os jogadores têm de estar preparados para os cinco minutos que mudam suas carreiras. Cobro e exijo todos os dias e vai ser assim até o fim. O que vai acontecer depois ninguém sabe. Tem uma eleição no caminho, e vamos falar do futuro depois dessa eleição.