Tricolor perdeu o clássico Gre-Nal 442 por 1 a 0, no Couto Pereira
A situação que já não estava fácil para o Grêmio ficou ainda mais complicada após a derrota no clássico Gre-Nal 442. Jogando mais uma vez longe dos seus domínios em virtude da Arena ainda estar fechada pela enchente do mês passado, o Tricolor perdeu por 1 a 0 no Couto Pereira e se afundou no Z-4 do Brasileirão. Agora, são seis derrotas seguidas no torneio de pontos corridos e a vice-lanterna, com seis pontos, mesma pontuação do Fluminense, último colocado.
As decisões e a permanência de Renato Portaluppi, que já eram questionadas, passaram a ser ainda mais depois deste sábado (22). A pressão pareceu refletir na entrevista coletiva do treinador gremista. Renato voltou a falar sobre a falta de peças para o elenco, reforçou os dias longe de Porto Alegre e a saudade da família, mas o ponto de atenção ficou por conta das vezes em que deixou a entender que pode deixar o clube durante os minutos em que esteve sentado à frente de jornalistas e influencers.
Os dois próximos jogos são fundamentais para as pretensões gremistas de sair da zona de rebaixamento. Primeiro, o time de Renato Portaluppi enfrenta na próxima quarta-feira (26), o Atlético-GO, fora de casa. Depois, encara, possivelmente em Caxias, o Fluminense. Ambas equipes também lutam na parte de baixo da tabela.
“Ou tem paciência ou se muda tudo. A conversa que tive com a direção não vou falar, mas não coloco multa no meu contrato. Se eu resolver pegar a porta e ir embora, pego minha mala e vou. Se estou atrapalhando, saio eu, sem problema algum. Vou defender meu grupo, faltam opções, mas tem a janela logo ali na frente.”
“Se eu estou atrapalhando, saio. Traz outro aqui. De repente o cara vê coisas que eu não estou vendo.”
“O rebaixamento é muito cedo para falar. Brasileiro é longo. Nunca me passou pela cabeça. Meu discurso continua o mesmo. Daqui um pouco, voltamos para o nosso lugar. Hoje, ninguém é bom. Tem que trocar o treinador, os jogadores ninguém presta. Quando se ganha, é bom. Quando não ganha, é ruim. Está todo mundo no mesmo barco. 40 dias longe de casa, sempre jogamos fora de casa. É muito difícil o campeonato. Estamos em uma fase ruim e longe de tudo e todos. Não é desculpa, mas interfere no jogo.”
“Às vezes, pecamos por falta de peças. Tive que colocar um zagueiro lá na frente, infelizmente o Diego (Costa) se machucou. Tentei com (JP) Galvão, todo mundo criticou. Tive que improvisar, tentei buscar alternativas. A falta de opções, muitas vezes leva a ter essa sequência negativa. Mas uma hora vai acabar. Quando? Não sei. Garanto que vamos sair dessa. Precisamos acordar pois o Brasileiro é traiçoeiro.”