É mais do que uma cuca, um salame, um queijo, um produto. O pavilhão da agricultura familiar em feiras como a Expodireto Cotrijal, é uma espécie de passagem direta para a fonte da produção. Além de comprar, o consumidor consegue dar um rosto (ou rostos) e uma voz (ou vozes) a quem está por trás de cada rótulo. Um ingrediente singular, que ajuda a explicar o sucesso desse espaço. Em apenas três dias, os 229 empreendimentos presentes na exposição de Não-Me-Toque comercializaram R$ 1,7 milhão, segundo dados mapeados pela Emater, uma alta de 34,68% sobre igual período do ano passado. A quantia também equivale ao que se negociou nos cinco dias de feira em 2022. Em 2023, o total de receita chegou a R$ 2,5 milhões.

— A essência desse sucesso é a qualidade e a diversidade que se apresentam nas feiras da agricultura familiar. E o fato de você poder degustar o produto, ter essa aproximação com os produtores, esse contato direto com os consumidores é um diferencial. Com certeza, faz muita diferença na vida das pessoas — avalia Jocimar Rabaioli, assessor de agroindústria da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag-RS).

Secretário estadual do Desenvolvimento Rural, Ronaldo Santini, concorda:

— O Pavilhão da Agricultura Familiar tem apresentado uma série de produtos que despertam curiosidade, que rememoram receitas de família e trazem reencontro com as suas memórias afetivas.