Animal era tratado como "funcionário" da equipe do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vila Maria, que o adotou no ano passado. Funcionários dizem que pet foi envenenado
A campanha “Quem matou o Pelé?”, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Vila Maria, tem mobilizado a comunidade no município do norte gaúcho. O gato preto adotado pela equipe do sindicato no ano passado foi encontrado morto em 30 de outubro. Segundo os funcionários, ele teria sido envenenado.
Pelé fazia parte do dia a dia dos trabalhadores desde setembro de 2023, quando apareceu no local. Conforme a advogada da instituição, Elisandra Bissani, o pet apareceu na sede com fome e sentou-se na cadeira da recepção pedindo ajuda.
— O gatinho conquistou os associados, que pediam dele quando chegavam. Ele ficava na nossa mesa ou na porta, recepcionando as pessoas. Queremos divulgar esse caso para incentivar as pessoas a denunciar, para que quem faz esse tipo de crueldade não fique impune — defende.
A campanha anuncia um número de telefone para denúncias que possam levar ao responsável. Além disso, convoca tutores que tenham perdido seus animais para maus-tratos a denunciarem as situações de crueldade. O número é o (54) 9 9978-8241.
“É necessário mudar a cultura que banaliza a crueldade com animais, isso é crime, a morte por meio de veneno é extremamente dolorosa. Pelé sofreu muito antes de morrer e vai deixar saudade”, diz a publicação, que reúne comentários e compartilhamentos.
Em 2023, o Rio Grande do Sul registrou média de 11 casos de maus-tratos contra animais por dia. Ao todo, foram 4.219 casos de violência contra animais no ano passado. Em 2020 o Brasil passou a ter a Lei Sansão (14.064/20), que prevê pena de dois a cinco anos de reclusão para quem cometer o crime.