A diferença por si só já seria suficiente para que até o mais cético dos gremistas seguisse acreditando que é possível levar, pela primeira vez, o Brasileirão na Era dos pontos corridos. Mas a disputa entre Grêmio e Botafogo ganha um ingrediente especial, pois os dois times estarão frente a frente na próxima quinta-feira, às 20h, em São Januário.

Ainda que tenha o Fogão na mira, a dificuldade da conquista do título foi admitida pelo técnico Renato Portaluppi após o triunfo sobre os baianos em casa:

— Acreditar, a gente tem que acreditar. É lógico que eu acredito. Estamos a três pontos do Botafogo, eles têm um jogo a menos. O importante é fazer o que tínhamos de fazer dentro de casa. Vamos ver o que vai acontecer no jogo diante do Vasco. Enquanto existirem chances matemáticas, lógico que a gente tem de pensar no título. O importante é a gente continuar vencendo jogos. Temos um confronto direto com eles na próxima quinta-feira.

O sonho não segue vivo apenas para os torcedores gremistas. Autor do gol que garantiu a melhor sequência do Grêmio desde o Brasileirão de 2020, Luis Suárez disse que o grupo de jogadores tem de continuar acreditando na possibilidade de o Tricolor levantar o troféu nacional pela terceira vez na história.

— Não tem que deixar de sonhar. Temos chance (de título). Tem que acreditar, mas não depende de nós. Temos de desfrutar o momento — afirmou o camisa 9, que se esquivou de responder sobre uma possível permanência no clube para a próxima temporada.

Se o técnico Renato Portaluppi poderia enfrentar problemas com jogadores suspensos para o confronto de quinta, não foi o que aconteceu na Arena. Jogadores importantes do elenco, casos de Villasanti, Bruno Alves, Ferreira e Gabriel Grando, passaram ilesos no duelo contra o Bahia e estão livres para enfrentar o Botafogo no Rio de Janeiro.

Uma mudança na equipe, que sábado atuou com três zagueiros mais uma vez, deve ser motivada apenas caso se detecte desgaste físico de algum jogador. Renato citou duas peças importantes do meio para frente que vêm atuando “no limite”.

— O jogador é ser-humano. Precisa de descanso, se botar sempre a mesma equipe, vai ter cansaço e você vai perder jogadores por lesão. O Pepê, por exemplo, não ia jogar hoje (sábado) por estar no limite, mas infelizmente se machucou. O Villasanti, a mesma coisa. O Suárez joga por ser fominha. Ajuda bastante, precisamos bastante dele. Quando o jogo está definido ele sai, mas ultimamente tivemos jogos duríssimos — disse o comandante.

A boa fase do Tricolor faz com que elenco, comissão técnica, dirigentes e torcida sigam acreditando no título do Brasileirão. É jogo a jogo. Rodada a rodada. E para o sonho seguir vivo, o confronto contra o Botafogo é fundamental para as pretensões gremistas.

Fonte : GZH 

Foto : Mateus Bruxel / Agencia RBS