Foto: Velocindo Mendonça /Arquivo pessoal Um produtor rural de Tupanciretã, no noroeste gaúcho, flagrou na última terça-feira (5) duas onças-pardas em meio a lavoura na localidade rural de Espinilho Grande.
No vídeo feito pelo produtor Velocindo Mendonça, os animais aparecem deitados ao sol, em área colhida de canola.
— Olha aí gente, um casal de onças… Não sei se é onça ou leão — narra Velocindo na gravação.
Na sequência, os felinos entram em área de mata próxima.
— Eu estava trabalhando quando vi um vulto se mexendo na beira do mato. Aí me dei conta que podia registrar aquele momento com o celular e fiz o vídeo. Para mim foi um momento incrível e emocionante, mas muito rápido, porque eles já entraram na mata — contou o produtor.
O Comando Ambiental da Brigada Militar confirmou que os animais registrados nas imagens são dois leões-baios, ou onças-pardas, como são conhecidos (leia nota na íntegra abaixo).
O animal é o segundo maior felino do continente americano, podendo chegar a 70kg e 2,5 metros de comprimento.
A orientação do Comando Ambiental é que a população entre em contato pelo telefone 190 ao avistar os felinos e evite aproximação. O animal é considerado uma espécie vulnerável, o terceiro nível mais grave na escala de risco de extinção, segundo o Instituto Chico Mendes (ICMBio).
Nota do BABM
“Em atenção ao solicitado, informo que a Brigada Militar por meio do 2º Batalhão Ambiental, do Pelotão Ambiental de Santiago, acompanha o caso relacionado a 02 (dois) animais felinos da espécie Leão-baio (Puma concolor), conhecido também como onça-parda.
A Patram esteve no local onde teriam sido avistados, sendo que, em averiguação da propriedade, foram constatadas áreas de matas preservadas, locais de habitat natural dos animais.
Em relação à informação de que um dos animais teria sido abatido, foram realizadas diligências na área, inclusive com uso de aeronave remotamente pilotada, não sendo constatados indícios do fato mencionado.
Orienta-se para a população que evite o contato com os animais silvestres, os quais estão em seu habitat, e, se for necessário, comunicar os órgãos ambientais, que possuem responsabilidade para o gerenciamento/manejo da fauna silvestre se for o caso”.
