Diligências estão sendo realizadas na Capital Federal e em Balneário Camboriú, em Santa Catarina
Em operação contra um grupo suspeito de estelionato, falsificação de documentos, sonegação fiscal e lavagem de dinheiro, a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) cumpre, na manhã desta quinta-feira (24), mandados de busca e apreensão contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Jair Renan. A ação faz parte da Operação Nexum.
Dois endereços de Jair Renan foram visitados pelos agentes: um apartamento em Balneário Camboriú, em Santa Catarina e outro em área nobre de Brasília, no Distrito Federal. No total, a ação cumpriu cinco mandados de busca e apreensão e dois de prisão.
À Agência Brasil, o advogado Admar Gonzaga, responsável pela defesa de Jair Renan Bolsonaro, confirmou que ele é alvo de um mandado de busca e apreensão. Segundo o advogado, a defesa ainda não teve acesso ao processo e o filho do ex-presidente “está em casa e tranquilo”.
Segundo nota da PCDF, o principal alvo da operação é Maciel Carvalho, instrutor de tiro de Jair Renan, suspeito de ser o mentor do esquema. Carvalho já foi alvo de duas ações da Polícia Civil do Distrito Federal neste ano – a “Succedere” e “Falso Coach” – e já havia sido preso. As investigações afirmam que o grupo agia a partir de um laranja e de empresas fantasmas.
As investigações apontam ainda que a quadrilha usava a falsa identidade de Antônio Amâncio Alves Mandarrari, usada para abertura de conta bancária e proprietário de pessoas jurídicas usadas como laranjas.
A ação foi liderada pela delegacia de Repressão aos Crimes contra a Ordem Tributária (DOT), vinculada ao Departamento de Combate à Corrupção e ao Crime Organizado (DECOR).
O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), irmão de Jair Renan Bolsonaro, comentou a operação deflagrada pela PCDF: “Investigadores procurando pelo em ovo, ou seja, mesmo sem ter nada. Independentemente do sobrenome. Tomara que isso vire praxe agora. Ao que parece, é mais perseguição desenfreada em cima de Bolsonaro e de todo o seu entorno.”