Número de startups gaúchas cresce mais de 70% em 2022 - Agora Já -

Número de startups gaúchas cresce mais de 70% em 2022



Estado supera mil empresas em atividade na modalidade e se consolida como o terceiro maior ecossistema do país

Foto: Reprodução/Internet
24 de outubro de 2022

Em 2022, o Rio Grande do Sul rompeu a barreira das mil startups em atividade. Ao longo do ano, a quantidade de empresas, nos mais diferentes estágios de maturidade, avançou 73% – de 661, em dezembro de 2021, para 1.144, atualmente. De acordo com os dados do startup base, desenvolvido pela ABStartups, os ecossistemas de Porto Alegre, São Leopoldo, Caxias do Sul, Santa Maria, Pelotas e Canoas detêm a maior concentração do mercado no Estado.

Como foi a estreia

Nascia, assim, a Pede que Nutre. Em abril, depois de lançar a ideia, a startup venceu uma batalha no Gramado Summit, recebeu investimentos de R$ 200 mil da aceleradora gaúcha Ventiur e pôde ingressar no ecossistema do Tecnopuc, em Porto Alegre.

No início de julho, a empresa estreou no mercado. Desde então, conta com a oferta de produtos de 20 estabelecimentos. A taxa de recorrência dos pedidos supera a marca de 50%, e o crescimento bateu 60% em setembro.

— A meta é, até o final do ano, levar a Pede que Nutre para mais duas localidades, além de Porto Alegre — projeta Rafaela.

Momento positivo e de amadurecimento

Depois de dois anos de intenso crescimento, o Rio Grande do Sul se consolida como o terceiro maior ecossistema do país. Com 1.144 empresas, o Estado possui fatia de 5,1% entre todas as startups do Brasil, atrás apenas de São Paulo, que detém 22% (4.874), e Minas Gerais, com 6,57% (1.469).

Também não é coincidência que nos últimos três anos tenham surgido dois grandes hubs (centros de conexão), financiados pela iniciativa privada no RS. Um delas é o Hélice, em Caxias do Sul, que reúne algumas das principais indústrias do polo metalmecânico.

Outro, o Instituto Caldeira, fica na zona norte de Porto Alegre, no antigo Shopping DC Navegantes, e foi fundado por 40 gigantes da economia gaúcha, em 2019. Hoje, conforme a head de startups do Instituto Caldeira, Debora Chagas, 2 mil pessoas circulam pelo espaço, que conta com 390 empresas, entre elas, 120 startups.

De acordo com a executiva, um dos fatores que explicam o amadurecimento é um movimento nacional que envolve grandes empresas em busca de inovação. Nesse contexto, ela identifica a criação de fundos em que companhias investem em startups e negócios, chamados de corporate venture capital. No Caldeira, marcas conhecidas, como Renner, +A Educação, Meta, Sicredi, Panvel, SLC Agrícola, Marcopolo e Randon estão entre os participantes ativos do ecossistema.

— Ao longo dos anos, houve um amadurecimento por conta de vários fatores, e o ecossistema é mais consolidado agora porque já produziu cases de startups gaúchas que puxam o desenvolvimento de outras — diz.

Débora também cita as aceleradoras gaúchas Wow e Ventiur, que estão entre as maiores do Brasil. A primeira, por exemplo, conta com 300 investidores e mais de R$ 22 milhões investidos em cem startups. A segunda, além da Pede que Nutre, investiu R$ 1,5 milhão em startups do RS (Movestock, Webmed e QuiperAgro) neste ano. O plano de médio prazo é chegar aos R$ 25 milhões em 80 startups de todo o país.

Mapeamento de startups

Para o presidente da Associação Gaúcha de Startups, Bruno Bastos, algumas coisas que vão muito bem estão relacionadas com o aumento da relevância da inovação na pauta das empresas e do setor público. Por essa razão, lembra que a entidade trabalha na elaboração de um mapa para acompanhar em tempo real a condição das startups no RS. A ideia é que a ferramenta esteja disponível em dezembro.

— Necessitamos entender melhor o que está acontecendo e a vocação de cada região, bem como o que elas precisam. Ter uma base mais próxima dos 100% e informações precisas diz muito sobre o que pode ser desenvolvido e onde colocar mais energia — afirma.

 

*Fonte: GaúchaZH


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