Decreto publicado pelo prefeito de Caibaté vale até 21 de março
O aumento nos casos de covid-19 em Caibaté, município de 4,7 mil habitantes no noroeste gaúcho, fez com que o município decretasse a suspensão de todos os eventos com aglomeração na cidade nos próximos 15 dias. O prazo pode ser estendido se os casos da doença seguirem aumentando.
A validade do decreto nº 4566/2024, assinado pelo prefeito Amauri Pires da Silva, vai até 21 de março. O município registra 80 casos de covid-19 e não tem mais testes para monitorar o avanço do vírus. De acordo com o prefeito, o Ministério da Saúde informou que voltará a enviar as testagens a partir do fim de março.
Enquanto isso, a ideia é buscar testes na rede privada para monitorar os casos e acompanhar os atendimentos nas unidades de saúde. O município também alerta para a dengue, doença predominante no noroeste gaúcho, apesar de ter apenas dois casos confirmados.
— A gente precisa que as pessoas também façam a sua parte. Não é só o poder público, nós estamos fazendo esses decretos, que é um das ações do município. Fizemos ações, também, com a questão da dengue, de limpeza, conscientização das pessoas — disse o prefeito.
Após o prazo, o município deve reavaliar a necessidade de estender a proibição dependendo dos índices do vírus que causou a pandemia em 2020 e 2021.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou que, no momento, o RS e Brasil vive um cenário epidemiológico bastante diferente do período de emergência de saúde pública. Leia a nota na íntegra:
“O Ministério da Saúde, que distribui os testes rápidos para covid-19, está desabastecido com previsão de envio para os estados no final de março. No entanto, é necessário ressaltar que vivemos um cenário epidemiológico bastante diferente do período de emergência de saúde pública, ocasião àquela em que praticamente apenas o vírus Sars Cov-2 circulava e o teste rápido era estratégia importante na definição da conduta de isolamento.
Desde que a positividade do Sars Cov-2 reduziu consideravelmente, os outros vírus respiratórios de importância para a saúde pública voltaram a circular, com destaque nestes anos para o vírus influenza. Logo, não estar positivo para covid-19 não deve definir a conduta de isolamento, considerando que pode estar positivo para outros vírus de transmissão respiratória. A recomendação de isolamento deve estar pautada nas manifestações clínicas.
Também é importante ressaltar que, mesmo na falta do insumo, a vigilância teve a capacidade de detectar o aumento dos casos e que para todos os casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) hospitalizados é realizado o diagnóstico ouro (RT-PCR) que pesquisa os principais vírus respiratórios e não apenas o SARS COV-2.”