A expectativa após o anúncio na terça-feira era de que a primeira leva fosse liberada nesta quinta
Nenhum refém israelense sequestrado pelo Hamas será libertado antes de sexta-feira (24), e tampouco haverá trégua entre Israel e o grupo islamista palestino antes desse dia, anunciaram as autoridades israelenses.
Não haverá “pausa” nos combates, indicou à AFP um funcionário israelense sob anonimato, adiando a trégua que era esperada para começar nesta quinta-feira (23), às 5h locais, segundo outra fonte israelense.
“As negociações para a libertação de nossos reféns não param”, indicou em um comunicado Tzachi Hanegbi, titular do Conselho de Segurança Nacional israelense, acrescentando que “as libertações começarão segundo o acordo original entre as partes e não antes de sexta-feira”.
Nenhuma das fontes deram mais explicações.
A imprensa israelense havia noticiado sobre um projeto de libertação dos primeiros reféns ao meio-dia local. À noite, o gabinete do governo chegou a convidar jornalistas a Tel Aviv para um centro de imprensa dedicado ao “retorno dos reféns”.
Israel e Hamas anunciaram na terça-feira (horário de Brasília) um acordo que prevê a libertação de 50 reféns mantidos na Faixa de Gaza em troca de 150 palestinos detidos em prisões israelenses, e uma trégua de quatro dias no território palestino. Na ocasião, a previsão inicial era de que a operação de troca iniciasse na manhã desta quinta-feira (22)
A guerra entre Israel e Hamas teve início em 7 de outubro, após o ataque sem precedentes do movimento palestino em território israelense a partir de Gaza.
Segundo as autoridades israelenses, ao menos 1,2 mil pessoas morreram, a maioria civis, e cerca de 240 foram sequestradas e levadas como reféns a Gaza. Em resposta, Israel prometeu que vai “aniquilar” o Hamas e iniciou um bombardeio incessante contra a Faixa de Gaza. O Exército israelense também realiza desde o fim de outubro uma ofensiva terrestre neste território.
Segundo o governo do Hamas, mais de 14 mil pessoas morreram nos bombardeios israelenses contra Gaza desde o início da guerra, entre eles mais de 5,8 mil crianças e adolescentes.