Daiane Flores Souza Gomes, 40 anos, foi assassinada no último sábado; segundo a polícia, autor do crime foi Lenoir José Gomes, 61, que era PM da reserva e cometeu suicídio logo após os disparos
Foto: Daiane Flores Souza Gomes, 40 anos, foi morta a tiros pelo ex-companheiro no último sábado (9).
Reprodução / Arquivo Pessoal
Foi sepultado na manhã desta segunda-feira (11) no Cemitério São Miguel e Almas, em Porto Alegre, o corpo de Daiane Flores Souza Gomes, 40 anos. Ela foi morta a tiros pelo ex-companheiro no último sábado (9) na praia de Imbé, no Litoral Norte.
De acordo com a ocorrência policial, a vítima estava morando com a mãe, no balneário de Albatroz, desde que se separou de Lenoir José Gomes, 61, policial militar da reserva. Na tarde de sábado, acompanhado do filho do casal, ele teria ido até a residência para conversar com a ex-mulher.
Em determinado momento, enquanto a vítima estava no banheiro, o homem foi atrás dela e efetuou disparos de arma de fogo. A mulher acabou morrendo no local e, em seguida, ele se suicidou.
O filho do casal, um adolescente de 16 anos, estava presente e teria visto o crime, segundo o delegado Alexandre Souza.
— Há duas semanas, a esposa decidiu se separar do marido. Então, ela estava fazendo um churrasco na casa dos pais dela quando o ex-marido, que morava em Capão da Canoa, pediu para ir com o filho, que tinha ficado morando com o pai — relata o delegado.
— Ele queria reatar o relacionamento, ela sinalizou que não, então o brigadiano aposentado puxou a arma e atirou cinco vezes contra ela, que veio a óbito no local, e depois tirou a própria vida — acrescenta Souza.
A família de Daiane, que é de Gravataí, preferiu não gravar entrevista, mas a irmã dela disse à reportagem que já havia um histórico de violência psicológica por parte do ex-marido. Conforme a polícia, a vítima não havia feito nenhuma denúncia anterior e não havia solicitado medida protetiva contra o ex-companheiro.
— Ela queria resolver as coisas sem envolver a polícia — disse a irmã.
Uma pistola calibre 380 foi apreendida no local do crime. O Conselho Tutelar encaminhou o filho do casal para a guarda da avó materna.
A Delegacia de Imbé instaurou inquérito e vai investigar o caso.
Como pedir ajuda
Brigada Militar – 190
- Se a violência estiver acontecendo, a vítima ou qualquer outra pessoa deve ligar imediatamente para o 190. O atendimento é 24 horas em todo o Estado.
Polícia Civil
- Se a violência já aconteceu, a vítima deverá ir, preferencialmente à Delegacia da Mulher, onde houver, ou a qualquer Delegacia de Polícia para fazer o boletim de ocorrência e solicitar as medidas protetivas.
- Em Porto Alegre, há duas Delegacias da Mulher. Uma fica na Rua Professor Freitas e Castro, junto ao Palácio da Polícia, no bairro Azenha. Os telefones são (51) 3288-2173 ou 3288-2327 ou 3288-2172 ou 197 (emergências).
- A outra foi inaugurada na segunda-feira (19) e passou a receber ocorrências na terça (20). O espaço fica entre as zonas Leste e Norte, na Rua Tenente Ary Tarrago, 685, no Morro Santana. A repartição conta com uma equipe de sete policiais e funciona de segunda a sexta, das 8h30min ao meio-dia e das 13h30min às 18h.
- As ocorrências também podem ser registradas em outras delegacias. Há DPs especializadas no Estado. Confira a lista neste link.
Delegacia Online
- É possível registrar o fato pela Delegacia Online, sem ter que ir até a delegacia, o que também facilita a solicitação de medidas protetivas de urgência.
Central de Atendimento à Mulher 24 Horas – Disque 180
- Recebe denúncias ou relatos de violência contra a mulher, reclamações sobre os serviços de rede, orienta sobre direitos e acerca dos locais onde a vítima pode receber atendimento. A denúncia será investigada e a vítima receberá atendimento necessário, inclusive medidas protetivas, se for o caso. A denúncia pode ser anônima. A Central funciona diariamente, 24 horas, e pode ser acionada de qualquer lugar do Brasil.
Defensoria Pública – Disque 0800-644-5556
- Para orientação quanto aos seus direitos e deveres, a vítima poderá procurar a Defensoria Pública, na sua cidade ou, se for o caso, consultar advogado(a).
Centros de Referência de Atendimento à Mulher
- Espaços de acolhimento/atendimento psicológico e social, orientação e encaminhamento jurídico à mulher em situação de violência.
Fonte : GZH
Foto : Reprodução / Arquivo Pessoal