Conforme o documento apresentado, a formatura teria acontecido em 1º de fevereiro de 2023. Universidade nega vínculo da mulher com a instituição.
Uma mulher de 33 anos foi presa em flagrante nesta sexta-feira (15), em Porto Alegre, ao apresentar um diploma falso de uma instituição privada de ensino superior no curso de medicina. De acordo com a Polícia Federal (PF), ela estava tentando se registrar no Conselho Regional de Medicina do Rio Grande do Sul (Cremers) com o documento quando foi constatada a irregularidade.
Conforme o diploma apresentado, a formatura teria acontecido em 1º de fevereiro de 2023. A mulher, que á natural do Acre, não teve o nome divulgado.
A suspeita tem registro no Programa Mais Médicos, do Ministério da Saúde. Ela estaria exercendo a função ilegalmente em Cacique Doble, no Norte do RS, desde 2017. A pasta afirmou que ela será afastada da atividade.
Em nota, o Centro Universitário Funorte, de Minas Gerais, informou que a investigada não possui vínculo com a instituição e afirma que ela não se graduou em medicina no local. “O referido diploma é uma falsificação grosseira dos nossos documentos oficiais”, diz trecho da manifestação. (Leia a íntegra abaixo)
A prefeitura de Cacique Doble relatou que a mulher é contratada pelo governo federal e exerce a atividade em um posto de saúde da área indígena, “não tendo qualquer gerência sobre o local e/ou os profissionais que lá atuam”. O município disse que permanece à disposição para eventuais esclarecimentos e informações.
O Ministério da Saúde afirmou que a mulher ingressou no programa como médica intercambista e que na ocasião ela apresentou um diploma de conclusão de graduação validado na Bolívia. A instituição acrescentou que “não pactua com esse tipo de conduta e tomará as medidas administrativas necessárias para o afastamento da profissional, de forma cautelar, até a conclusão do processo”. (Leia a íntegra abaixo)
A mulher foi conduzida à sede da Polícia Federal e deverá ser indiciada por uso de documento falso. Após ser ouvida, ela foi encaminhada ao sistema penitenciário.
O referido diploma é uma falsificação grosseira dos nossos documentos oficiais. Inclusive, desde início deste ano não emitimos mais nenhum diploma na forma impressa, apenas na forma digital, seguindo as orientações do MEC. A relação dos formandos é publicada no Diário Oficial da União e em nosso site para que qualquer pessoa tome conhecimento dos nomes dos formandos.
Alguém está usando indevidamente os dados da nossa instituição para emitir diplomas falsos. Já abrimos uma sindicância e estamos tomando as medidas cabíveis.
O Ministério da Saúde realiza avaliação criteriosa da documentação dos profissionais antes de iniciarem as atividades no programa Mais Médicos. A profissional ingressou como médica intercambista no programa. Na ocasião, como intercambista, a profissional apresentou diploma de conclusão de graduação em medicina validado na Bolívia.
O Ministério da Saúde não pactua com esse tipo de conduta e tomará as medidas administrativas necessárias para o afastamento da profissional, de forma cautelar, até a conclusão do processo, assim como as medidas necessárias para garantir a continuidade da assistência adequada aos indígenas da região.