Corpo de Emerson Santos dos Reis foi encontrado em lavoura do município de Giruá em 6 de fevereiro
O encontro do cadáver de Emerson Santos dos Reis, empresário sequestrado em 1º de fevereiro em Santo Ângelo, completa um mês nesta quarta-feira (6) com a investigação ainda em andamento. Conforme o delegado à frente do caso, Rafael dos Santos, a principal hipótese é que o crime tenha sido premeditado.
Vendedor de carros e pai de dois filhos, Emerson voltava da academia por volta das 22h quando foi abordado por dois suspeitos no portão de sua casa, onde morava sozinho, em 1° de fevereiro. Horas depois, os suspeitos fizeram contato com a família exigindo as primeiras quantias de dinheiro.
A partir de informações obtidas durante a investigação e com a prisão do primeiro suspeito, em 5 de fevereiro, a polícia chegou ao corpo da vítima, no dia seguinte. O cadáver estava em avançado estado de decomposição em uma lavoura na localidade de Comandaí, no interior do município de Giruá.
No momento, o caso é tratado como extorsão mediante sequestro com resultado de morte. Até o momento, dois homens de 22 e 36 anos suspeitos de envolvimento no crime foram presos.
A suspeita é que quatro pessoas tenham participado do crime. No entanto, em 20 de fevereiro um terceiro suspeito foi morto em uma área de tráfico de drogas em Alvorada, na Região Metropolitana, enquanto o quarto ainda não foi identificado.
Em depoimento, um dos suspeitos que confessou ter matado Emerson, alegou que o objetivo inicial era apenas realizar o roubo do carro e não executar a vítima. A polícia descarta essa hipótese.
— Acreditamos que levar a vítima foi premeditado uma vez que o objetivo do grupo era a extorsão de amigos e familiares. A vítima era uma pessoa que ostentava nas redes sociais e emprestava dinheiro, logo se tornou um alvo dos criminosos — comentou o delegado.
Segundo o delegado, a morte de Emerson foi na madrugada de 2 de fevereiro, quatro dias antes da polícia encontrar o corpo. Antes da morte, os criminosos fizeram várias ligações para a família e amigos, inclusive em que a vítima supostamente participava, onde exigiam valores. Durante a manhã do dia 2, porém, os contatos continuaram, mas Emerson já não estava presente.
— Isso se confirmou com o depoimento de um dos indivíduos que está preso, que disse que (a morte) teria ocorrido na mesma madrugada. Tudo aconteceu muito rápido, então não descartamos a hipótese de que os criminosos já tivessem a intenção de matar a vítima — completa.
Na terça-feira, 5 de março, a Polícia Civil solicitou e teve o pedido deferido para converter a prisão do suspeito de 22 anos de temporária para preventiva.