Colorado ganhou por 3 a 2 com um gol no final do jogo e se garantiu em primeiro no Gauchão
O Inter atacou mais, finalizou mais, teve mais posse. E, diferentemente do que ocorria pouco tempo atrás, venceu o Gre-Nal, e com um gol nos acréscimos. Quando a impressão do Beira-Rio era de que o empate permaneceria. Ainda mais que o Grêmio atacava bastante. Mais do que a liderança, assegurada pelos 25 pontos, a celebração colorada foi a vitória sobre um rival. E da forma que foi.
Também porque, durante uma longa semana Gre-Nal, teve tempo para tanto assunto que se apontou, quase unanimemente, um favoritismo colorado. Por isso, a vitória pesou ainda mais. Eduardo Coudet resumiu o que significou o 3 a 2 no clássico 441:
— Sempre é importante ganhar, ainda mais Gre-Nal. Pudemos dar uma grande alegria ao torcedor. Se pudesse, não seria tão emocionante, né? É um rival de hierarquia. Nunca um Gre-Nal foi fácil. E o próximo não vai ser também.
Sobre o jogo em si, o treinador disse:
— Sempre fomos nós que buscamos o jogo e tivemos um grande desgaste por estar sempre atrás. A volta do intervalo foi ruim porque o Grêmio tem um grande treinador que fez algumas mudanças e nos atrapalhou. O grupo ainda está se conhecendo e sempre temos coisas a corrigir.
Três dos fatos principais do Gre-Nal foram abordados. Coudet confirmou que Valencia se machucou no aquecimento em um lance com Bustos, e até por isso foi substituído no segundo tempo.
— Ah, foi com Bustos? Não sabia (risos). Falei para Valencia: “Está melhor? Está melhor?”. E ele me disse que sim. Tentamos diminuir a pressão. Mas no segundo tempo ele sofreu uma pancada e precisou sair.
Também respondeu sobre a falha de Renê no primeiro gol do Grêmio, combinada com Anthoni. O treinador não teve dúvidas em defendê-lo.
— Temos uma cultura de sempre buscar culpados. Toda a responsabilidade é minha. Se erramos defensivamente, a culpa é minha. Só peço que se jogue assim porque a história do Inter é essa. Se tem um lateral que abre o jogo, vá ao fundo, cruze, feche a linha, consiga ser volante e até meia pela esquerda, vamos atrás. Tem algum? — devolveu Coudet.
E falou sobre o pênalti de Alan Patrick:
— Quem sabe o que passou na cabeça de Alan Patrick na hora do pênalti. Disse a Lucho (González, auxiliar): “Será que vai cavar?”. Por isso digo, a decisão dos jogadores pesa. São eles que fazem o jogo. Se vocês gostam do que estão vendo, é graças a eles.
O capitão do time, que teve a tranquilidade para cobrar o pênalti decisivo aos 52 minutos do segundo tempo, comemorou:
— Nós sabíamos da importância de tudo que representa um Gre-Nal, conseguimos sustentar nossa liderança e sabemos que, ali na frente, a vantagem de decidir em casa é importante. Agora é desfrutar e descansar. Sabemos que ainda não conquistamos nada, mas estamos muito confiantes. Uma vitória desse tamanho fortalece nosso grupo.
Na quarta-feira, o Inter tem uma espécie de decisão. É recém a primeira partida pela Copa do Brasil, mas o jogo contra o ASA, em Arapiraca, é fundamental para o restante para a temporada. Ainda mais que se trata de confronto único, em que os colorados têm a vantagem de empatar. Avançar na competição é fundamental para o planejamento de 2024. E há bastante esperança no ano. Ainda mais quando ganha um Gre-Nal desse jeito.