Time levou nove gols nos últimos cinco jogos, e desde setembro, só ficou zerado em duas partidas
Por mais que Eduardo Coudet já tenha respondido que prefere vencer por 4 a 3 do que por 1 a 0, o momento do Inter não permite tamanha ousadia. A hora é de estancar o vazamento da defesa e tentar vencer pelo escore mínimo. A zaga colorada levou nove gols nos últimos cinco jogos. Em um recorte mais amplo, de setembro em diante, foram 23 bolas na rede em 15 partidas. Esse é um dos desafios do técnico para enfrentar o Bragantino, às 18h30min deste domingo, na retomada do Brasileirão.
A boa notícia para o treinador é que, provavelmente, terá a defesa titular à disposição. Renê treinou novamente nesta quarta-feira (22), em mais uma atividade realizada no Beira-Rio. Com isso, retornará à lateral esquerda, e o time terá Rochet, Bustos, Vitão, Mercado e Renê na linha defensiva, com Johnny à frente deles.
A curiosidade é que esses jogadores, juntos, nunca terminaram uma partida sem levar gol. As partidas com defesa zerada pós-Coudet (Bragantino, Bolívar duas vezes, Flamengo, Goiás e Fluminense) não contavam com pelo menos um deles. Contra o Flamengo, aliás, ninguém da lista estava em campo.
Por mais que tenham sido vazados, porém, sem dúvida foi com os seis jogadores ao mesmo tempo que o Inter teve seus melhores momentos na temporada. Eles estavam em campo no 7 a 1 sobre o Santos e no 3 a 2 sobre o Grêmio. Por isso cresce a esperança colorada em fazer os três pontos sobre o Bragantino e se livrar de vez de qualquer risco de rebaixamento.
O técnico ganhou outro reforço para essas rodadas finais, que pode ajudá-lo caso prefira outra formação. Hugo Mallo está recuperado da lesão muscular que o tirou de combate por cerca de um mês. Com o espanhol, o treinador pode montar uma linha de cinco (como fez na Bolívia) ou apenas devolvê-lo à lateral no lugar de Bustos, se optar por um jogador mais defensivo.
O mesmo valeria para o lado esquerdo se quisesse uma equipe mais fechada. Com Dalbert lesionado, a alternativa seria escalar Nico Hernández, zagueiro de origem, pelo lado, deixando, em tese, o setor mais protegido.
Não é a tendência, porém. Coudet sempre deixou claro que, tendo todos à disposição, prefere um sistema mais equilibrado. Foi com esses jogadores que encontrou essa constância.
Bustos é um lateral que avança mais, ocupa a ponta direita e faz uma tabela mais acurada com Mauricio. Renê foi definido por Coudet como um “lateral que também pode ser zagueiro e volante pela esquerda”. Ele compõe o meio e permite que Wanderson seja o ponteiro pela esquerda. Quando avança, trama com o camisa 11.
A equipe completa será um trunfo para Coudet terminar novembro ao menos com o mesmo número de jogos e gols sofridos. Para isso, porém, terá de levar no máximo um gol nos confrontos com Bragantino e Cuiabá. Se conseguir, estará bem próximo de encerrar o risco no Brasileirão. E, de quebra, mais perto também de vencer e chegar à Sul-Americana, o objetivo que restou para 2023.