— Hoje não só temos condições, por todas as reformas que foram feitas, de pagar até o prazo legal, como de antecipar, porque estamos reservando recursos todos os meses. No último dia útil de outubro, receberão 50% do 13º salário, e no mês de novembro o complemento, gerando uma série de benefícios, movimentando comércio e serviços, e permitindo que servidores possam quitar dívidas — destacou o secretário estadual da Fazenda, Leonardo Busatto, que participou do anúncio.

De acordo com resultado preliminar de pesquisa da Secretaria Estadual da Fazenda, a última vez que o 13º foi pago com tanta antecipação remonta a 1998. Naquele ano, segundo a Sefaz, todo o benefício foi pago em julho.

O pagamento do 13º dentro do prazo voltou a ser feito em 2021, após seis anos de atrasos. No ano passado, metade do 13º foi quitado antecipadamente, em 29 de novembro. O restante foi pago na data-limite.

O governador afirmou, durante a entrevista coletiva, que o pagamento antecipado do 13º não tem relação com o período eleitoral, argumentando que no último ano, mesmo sem pleito, o benefício também foi pago antes do prazo.

— Do ponto de vista político-eleitoral, poder-se-ia até imaginar algo nesse sentido. Mas nosso histórico com as contas demonstra exatamente o contrário. Ano passado não era época eleitoral e conseguimos colocar os salários em dia e adiantamos o 13º salário — disse Ranolfo quando questionado sobre o tema durante entrevista coletiva no Piratini.

Durante o anúncio desta segunda-feira, Ranolfo valorizou o pagamento em dia de demais compromissos financeiros.

— Hoje estamos também pagando de forma religiosa os repasses da saúde a hospitais e a municípios, e todos os demais fornecedores. Em abril, conseguimos também fazer uma revisão geral dos subsídios dos nossos servidores — destacou o governador.

Histórico recente é de 13º emprestado pelo Banrisul

Ao longo da gestão do ex-governador José Ivo Sartori (2015-2018), tanto o salário mensal quanto o 13º passaram a ser pagos com atraso, gerando custos ao governo devido aos juros. Os servidores tinham duas opções: receber parcelado no ano seguinte, com a devolução dos juros, ou contratar um empréstimo no Banrisul garantido pelo governo do Estado.

O atraso do salário mensal se estendeu até o fim do segundo ano do governo de Eduardo Leite. Após 57 meses de atrasos seguidos, em novembro de 2020 o Estado voltou a honrar com o compromisso mensal. O 13º foi regularizado no ano seguinte.