Time de Eduardo Coudet fez o maior placar do Brasileirão e diminuiu a distância para o G-6
Antes de falar sobre qualquer projeção para os 10 jogos finais da temporada, é preciso fazer um registro histórico. No domingo, 22 de outubro de 2023, o Inter aplicou 7 a 1 no tradicionalíssimo Santos. Em uma tarde mágica no Beira-Rio, 35 mil pessoas testemunharam uma atuação exemplar da equipe de Eduardo Coudet, soberana e intensa do início ao fim. No jogo, Valencia marcou duas vezes. E Alan Patrick fez um gol que vale por dois. Wanderson, Bustos, Luiz Adriano e Kevyson (contra) completaram a goleada.
— Fizemos um grande jogo, nossa equipe está de parabéns. Representa o compromisso e a concentração de tudo que estamos fazendo na temporada. Tivemos atuações muito boas aqui, mas hoje (domingo) conseguimos ser mais eficientes e o gols saíram, tornando um placar elástico — celebrou Alan Patrick.
A goleada histórica, é claro, foi celebrada pelos colorados. Não é todo dia que se faz 7 a 1 em um adversário. Mas acima do resultado, que fez o Inter voltar à 12ª posição, abrir cinco pontos do Z-4 e ficar a nove do G-6, o que ficou deste domingo (22) foi o desempenho. Na verdade, a repetição do desempenho.
No entendimento geral, o Inter fez mais uma grande partida. Com a diferença para outros jogos, como Gre-Nal e Fluminense, que desta vez foi mais efetivo. Foi criando e aproveitando, criando e aproveitando. E, sem baixar o ritmo, chegou à goleada.
Mas nem isso fez Eduardo Coudet aproveitar 100%. Ele, mesmo sem ser perguntado, revelou uma brincadeira que fez com o presidente Alessandro Barcellos ao final da partida:
— Pqp, poderia ter entrado uma no outro dia, né?
Ele se referia ao confronto com o Fluminense. Coudet admitiu que ainda pensa na semifinal da Libertadores, e explicou isso ao falar sobre a situação do time na classificação. Ele insistiu que nunca se preocupou de verdade com o risco de cair:
— Falei que, por como joga o time, a preocupação não é com o rebaixamento. Poderíamos estar mais acima da tabela, mas sinto que todos concordávamos de arriscar estar nessa situação pelo sonho da Libertadores. E estivemos perto. Éramos o time que chegou melhor, a torcida fez a festa mais bonita. É uma dor que ainda não consigo deixar de lado, sinto que poderíamos ter chegado à final.
Sobre o futuro, Coudet preferiu evitar projeções. Afirmou que tem contrato com o Inter até 31 de dezembro e que não pensa no ano que vem. Nem na eleição que colocará frente a frente o atual presidente, Alessandro Barcellos, com o candidato Roberto Melo, seu concorrente.
— Estou alheio à eleição. Nem eu nem o presidente ficamos pensando em nós. Pensamos no Inter. Falar do futuro para quê? Até 31 de dezembro, tenho a camisa do Inter 100% posta. Sinceramente, trabalhamos para fazer o melhor jogo no próximo. Para subir na tabela, precisamos de concentração. Quero preparar o time para quinta-feira. Isto é o mais importante. É o objetivo mais próximo. Estamos concentrados no Vasco — disse Coudet.
Para esse jogo, o técnico terá todos os jogadores à disposição. E como pôde preservar alguns atletas, usará força máxima.
Depois do Vasco, o Inter recebe Coritiba e América-MG. Com o Santos, completam o quarteto integrante do Z-4 após 28 rodadas. Essa série de partidas é vista como fundamental para o Inter ainda sonhar com uma vaga na Libertadores de 2024.
— Temos uma sequência importante para continuar subindo na tabela. É o nosso objetivo voltar à Libertadores, passo a passo, vamos seguir por mais — declarou Alan Patrick.
Mauricio completou:
— Nosso foco é chegar na Libertadores. O que nos vai fazer chegar lá é ir jogo a jogo.
É assim que o Inter vira suas atenções. E estabeleceu um novo parâmetro. Contra o Santos, na goleada histórica, o time de Coudet mostrou do que é capaz.