Empreendimento da cooperativa centenária Cotribá está sendo erguido em Ibirubá, no Norte
Uma das pioneiras no Rio Grande do Sul quando o assunto é nutrição animal, a cooperativa Cotribá, do norte do Estado, prepara para o próximo ano a entrega da sua nova fábrica de ração. A primeira fase da nova unidade deve estar pronta no primeiro trimestre de 2024, em Ibirubá, com capacidade para triplicar a produção atual. O investimento é de R$ 150 milhões.
Além do salto em produção, o crescimento virá em tecnologia. A planta que está sendo construída será totalmente automatizada e contará com sistemas robotizados para as etapas de ensaque e de expedição. Um marco emblemático para a cooperativa centenária, que é também a mais antiga do ramo agropecuário em operação no país.
Enio Nascimento, vice-presidente da Cotribá, diz que o plano era finalizar a obra ainda neste semestre, mas que a pandemia empurrou a conclusão para mais à frente. Assim que começar a operar, a nova unidade substituirá a atual, ampliando de 100 mil para 300 mil toneladas a produção anual de rações para bovinos, suínos, aves, equinos e ovinos.
Na primeira fase, o foco serão os produtos destinados à atividade leiteira, que já são o principal negócio da cooperativa dentro do segmento de rações. Também entram na esteira os alimentos para os animais de corte. Mas outros planos estão no horizonte.
— Acreditamos que a atividade do leite, para nós, é o carro-chefe, e é em cima disso que estamos apostando. Depois, em 2025, a ideia é terminar a segunda fase, que prevê uma diversificação da linha de produtos que vamos trabalhar, como a linha para pets — adianta Nascimento.
A expectativa é de que a unidade gere mais de 300 empregos, entre postos diretos e indiretos. Atualmente, a Cotribá possui duas fábricas de rações, a de Ibirubá e outra em Tapera. Além dos empregos gerados, o vice-presidente destaca que a operação vai valorizar a produção de milho no Estado, demandando de 1,2 milhão a 1,5 milhão de sacas do grão por ano.
A Cotribá fechou o ano passado com faturamento recorde de R$ 4 bilhões. O valor foi 15,8% maior ao registrado no ano anterior. As rações responderam por 5,68% do total faturado.