Cobranças da torcida, discussão entre Reinaldo e Marchesín e anúncio de rodízio no gol para próxima rodada do Brasileirão marcaram o pós-jogo do empate em 2 a 2 do Tricolor com o Palmeiras
A frustração com o empate entre Grêmio e Palmeiras não ficou apenas na bronca da torcida nas arquibancadas do Estádio Centenário. Após abrir 2 a 0, com Pavon e Cristaldo, o Tricolor sofreu gois gols do Palmeiras em apenas três minutos. Um resultado que mantém a equipe no Z-4. Com 11 pontos, o Grêmio terminou a 14ª rodada em 18º lugar. Um ponto atrás do Vitória, primeira equipe fora do Z-4.
Chamado de “burro” pelo torcedor ao fim do jogo, principalmente pela insatisfação com a troca de Cristaldo por JP Galvão, Renato Portaluppi disse entender o protesto da torcida.
— O futebol é assim mesmo. O torcedor fica chateado, contava com a vitória. Nunca tinha escutado isso. Por um lado é bom escutar a palavra “burro” para saber o que ela representa. Faria tudo de novo naquele momento. O Cristaldo quase não jogou. Era um risco o colocar em campo. Coloquei um atacante. Era segurar, ser malandro e teríamos a vitória. Levamos dois gols. Nenhum torcedor vai gostar e a responsabilidade é minha — disse o técnico.
O protesto da torcida não foi o único elemento que indica a pressão sob o Grêmio. Uma discussão entre Marchesín e Reinaldo também mostrou que os jogadores sentem o momento. Um tema que alertou Renato, e que mesmo sem relação com a briga, avisou da preservação do goleiro na próxima rodada.
— É coisa normal. Falei com os dois no vestiário. Amanhã (sexta-feira) falaremos novamente. Isso não pode acontecer. São dois jogadores experientes. O Marchesín não vai jogar no domingo, já tinha decidido isso na quarta. Não façam onda nesse sentido. Estava tomada a decisão. Independentemente do que aconteceu no campo.
O argentino falou na saída do vestiário, após a partida, e disse que a discussão com Reinaldo foi questão de jogo. Mas não conseguiu esconder a frustração com o rodízio, e a falta de sequência como titular.
— É difícil jogar sabendo que não atuarei na próxima partida. Mas são decisões do treinador e temos que respeitar — disse para a Rádio Imortal.
Edenilson foi outro jogador que aceitou responder as perguntas da imprensa. O volante saiu em defesa ao companheiro JP Galvão.
— É um assunto delicado. Já passei por isso. Sabemos que afeta o jogador na tomada de decisão, pelo medo de errar. É um cara que trabalha muito, que torcemos muito para que dê a volta por cima — disse o meio-campista.
Com a previsão do retorno de Villasanti, e a liberação de Dodi, o Grêmio terá mais alternativas para a partida deste domingo contra o Juventude. Geromel também deve ser aproveitado. O clássico regional será mais uma chance para o Tricolor deixar o Z-4.