José Monteiro da Silveira, 34 anos, foi esfaqueado na Rua Sarmento Leite, por volta das 23h30min de sábado (24)
Natural de Praia Grande (SC), José Monteiro da Silveira, 34 anos, será lembrado pelos familiares e amigos como um ser de luz, amoroso, gentil e inteligente. Ele foi assassinado com golpes de faca enquanto passeava com o cachorro da família, em Caxias do Sul, no sábado (24). Os passeios com o cão Gaspar eram frequentes, e aos finais de semana, era comum que a esposa Greice Sozo, 37, e o enteado Felipe, 11, o acompanhassem. No último sábado, ele estava sozinho na Rua Sarmento Leite, no bairro Rio Branco, quando foi atacado por um homem de 39 anos.
Filho de Nelson e Ocilna e irmão de Guilherme, Silveira cresceu em uma casa no interior de Praia Grande, em meio a natureza. Deixou a cidade natal para cursar Sistemas de Informação na Unisul, em Porto Alegre. Greice conta também sobre a forte espiritualidade do marido. Uma das frases que ele mais repetia e que o guiava, segundo a esposa, era “a misericórdia divina atua sempre, pois Deus é somente amor”.
Para ela, esse é o legado que o marido deixa a quem dividiu a vida com ele. Greice afirma que o marido se preparava para ministrar um curso de Reiki Xamânico Estelar em março. Foi esse interesse e envolvimento com a terapia que uniu os dois, que se conheceram em um curso em novembro de 2016.
— Acredito que foi amor à primeira vista. Ele era muito amoroso e companheiro comigo e com os meus filhos. Eles me falaram que tinham dois pais, e agora perderam um. O legado que o José deixa é para que a gente evolua cada vez mais e continue fazendo o bem pelos outros — emociona-se Greice.
Desde 2016, o casal não passou um dia sem conversar. No começo do relacionamento, José morava em Porto Alegre, e Greice em Caxias do Sul. Mas a conexão e o companheirismo entre os dois só crescia, assim como o amor. Em 2019, ele se mudou para a Serra, onde passou a morar com ela e os enteados Marina e Felipe.
A família gostava de fazer trilhas, acampar e conhecer novos lugares. Com carinho, Greice relembra que o marido era prestativo, solidário e gostava de compartilhar conhecimento.
— Fazíamos tudo juntos. A nossa família era muito unida. O José também era muito inteligente. Ele era divertido e irreverente. Olhava sempre a vida com um olhar diferente. Era um ser de muita luz. Quando estava em casa também gostava de jogar Magic e RPG — conta a esposa.
Desde que se mudou para Caxias, ele trabalhava na empresa de softwares Promob. O corpo de Silveira foi transladado para Santa Catarina, onde foi sepultado na última segunda-feira (26), no Cemitério Municipal de Praia Grande. Na mesma ocorrência, um jovem de 19 anos ficou ferido. Ele foi socorrido e já teve alta hospitalar.