Massa de renda real habitual paga aos ocupados somou mais de R$ 317 bilhões
A taxa de desocupação no Brasil caiu para 7,10% no trimestre encerrado em maio, de acordo com os dados mensais da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgados na manhã desta sexta-feira, 28, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). De acordo com o IBGE, essa foi a menor taxa de desocupação para um trimestre encerrado em maio desde 2014.
Em igual período de 2023, a taxa de desemprego medida pela Pnad Contínua estava em 8,30%. No trimestre móvel até abril, a taxa de desocupação estava em 7,50%. A renda média real do trabalhador foi de R$ 3.181 no trimestre encerrado em maio. O resultado representa alta de 5,60% em relação ao mesmo trimestre de 2023.
A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou mais de R$ 317 bilhões no trimestre encerrado em maio, alta de 9,00% ante igual período do ano passado.
A população desocupada (7,8 milhões) recuou nas duas comparações: -8,8% (menos 751 mil pessoas) no trimestre e -13,0% (menos 1,2 milhão de pessoas) no ano. Foi o menor contingente de pessoas desocupadas desde o trimestre encerrado em fevereiro de 2015.
A população ocupada (101,3 milhões) foi recorde da série histórica iniciada em 2012, crescendo em ambas as comparações: 1,1% (mais 1,1 milhão de pessoas) no trimestre e 3,0% (mais 2,9 milhões de pessoas) no ano. O nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar) foi a 57,6%, crescendo nas duas comparações: 0,5 p.p. ante o trimestre móvel anterior (57,1%) e 1,2 p.p. no ano (56,4%).
A taxa composta de subutilização (16,8%) recuou em ambas as comparações: -1,0 p.p. no trimestre e -1,3 p.p. no ano. Foi a menor taxa de subutilização para um trimestre encerrado em maio desde 2014. A população subutilizada (19,4 milhões de pessoas) foi a menor desde o trimestre móvel encerrado em janeiro de 2016 (19,1 milhões), recuando nas duas comparações: -5,9% (menos 1,2 milhão) no trimestre e -6,2% (menos 1,3 milhão) no ano.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,2 milhões) ficou estável nas duas comparações, assim como a população fora da força de trabalho (66,8 milhões).
A população desalentada (3,3 milhões), que é aquela que desistiu de procurar emprego, chegou ao seu menor contingente desde o trimestre encerrado em junho de 2016 (3,2 milhões) e recuou em ambas as comparações: -9,4% (menos 344 mil pessoas) no trimestre e -10,7% (menos 399 mil pessoas) no ano. O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,0%) também recuou nas duas comparações: -0,3 p.p. no mês e -0,4 p.p. no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) chegou a 38,326 milhões, novo recorde da série histórica da PNAD Contínua, iniciada 2012. Houve alta de 0,9% (mais 330 mil pessoas) no trimestre e de 4,1% (mais 1,5 milhão de pessoas) no ano. O número de empregados sem carteira no setor privado (13,7 milhões) também foi novo recorde da série histórica, com altas de 2,9% (mais 383 mil pessoas) no trimestre e de 5,7% (mais 741 mil pessoas) no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,5 milhões de pessoas) ficou estável em ambas as comparações, assim como o número de empregadores (4,2 milhões de pessoas) e o número de trabalhadores domésticos (5,8 milhões de pessoas).