Crédito de programa para MEIs, micro e pequenas empresas supera R$ 30 bilhões
Valor médio dos empréstimos é superior a R$ 87 mil, maior que em 2021; já foram realizadas 364,8 mil operações desde 25 de julho
Foto: Marcos Santos / USP Imagens
A nova rodada do Pronampe (Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte) já superou R$ 30 bilhões em desembolsos em quase três meses, segundo dados do FGO (Fundo de Garantia de Operações), que dá garantia aos empréstimos. O Banco do Brasil e a Caixa Econômica Federal respondem por mais da metade do total concedido.
Além de micro e pequenas empresas, o programa deste ano incluiu microempreendedores individuais, os chamados MEIs, que são cerca de 13 milhões no país. Segundo a Secretaria Especial de Produtividade e Competitividade, do Ministério da Economia, eles representam 57% dos empreendedores brasileiros.
Até terça-feira (18), foram R$ 30,4 bilhões distribuídos em 364,8 mil operações. O valor médio de cada empréstimo foi de R$ 83.505,96. Houve um aumento do tíquete em relação à rodada de 2021, de acordo com os dados do FGO. Na rodada do ano passado, o saldo era de R$ 24,937 bilhões.
Ao todo, o governo federal espera emprestar até R$ 50 bilhões a micro e pequenos empreendedores até o fim do ano. Os valores deste ano indicam uma alta procura pelos recursos do programa, criado pelo governo durante a pandemia da Covid-19. A rodada original, de 2020, ainda é a de maior valor desembolsado, com saldo de R$ 37,5 bilhões.
Neste ano, o Banco do Brasil lidera as concessões, com R$ 10,2 bilhões. Logo após vem a Caixa, com R$ 8,5 bilhões. Bancoob, Sicredi e Bradesco ocupam as posições subsequentes em concessões.
A nova rodada do Pronampe foi liberada em 25 de julho, quando foram concedidos R$ 4,359 bilhões em empréstimos, de acordo com os dados do FGO. Na atual rodada, a taxa é de 6% ao ano mais Selic. A modalidade está disponível para empresas com faturamento anual de até R$ 4,8 milhões, e cada empresa pode pegar emprestados até R$ 150 mil, limitados a 30% do faturamento. A operação é isenta de IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
A maior parte dos tomadores, ou 185,5 mil, são pequenas empresas, que ficaram com R$ 23,4 bilhões do total desembolsado. As microempresas são 160,2 mil, com R$ 6,7 bilhões, e os MEIs (microempreendores individuais), 11.903 responsáveis por R$ 209,2 milhões em empréstimos. O estado de São Paulo, com R$ 6,3 bilhões, foi o que teve o maior total de recursos desembolsados.