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Como laçador de 13 anos conseguiu acumular 96 troféus em rodeios e se tornar ‘braço de ouro’ no RS

Dono de 96 troféus conquistados desde os quatro anos de idade, Henzo Paduin Leaes conquistou principal prova na Festa Campeira do Rio Grande do Sul, em março."Eu me dedico e treino muito. Tive muito incentivo do pai e do avô", ele diz.

Foto: Foto: Arquivo pessoal

9 de maio de 2023

Integrante do CTG Pedro Porto, de Jari, no Noroeste do estado, o estudante Henzo Paduin Leaes, de 13 anos, é o mais novo fenômeno das provas de laço no Rio Grande do Sul. Mesmo com a idade precoce, ele já acumula 96 troféus em rodeios. E participou da seleção adulta de laçadores da 9ª Região Tradicionalista que disputou a Festa Campeira do Rio Grande do Sul, realizada em Santa Cruz do Sul, em março.

Mas foi na modalidade individual, conhecida como “braço de ouro”, que ele se destacou, vencendo, entre adultos, a prova mais importante do torneio depois de acertar 36 armadas (laçadas) consecutivas. Mas não foi só: ele levou pra casa ainda outros dois troféus. Venceu, junto com o pai, Rodrigo, e o avô, Sérgio, a prova “laço geração”, formada por trios. E ficou em segundo lugar na categoria “laço guri”, junto com um amigo.

“Comecei muito pequeno, desde os dois anos. Meu passatempo é brincar com uma soga. Aos quatro anos, fui no meu primeiro rodeio com vaca parada e já ganhei. Eu me dedico e treino muito. Tive muito incentivo do pai e do avô. Meu bisavô também laçava, mas no campo. Era um ‘herói'”, explica Henzo.

Conquistas importantes no tipo de laço estão no DNA da família. O produtor rural Rodrigo Leaes, pai de Henzo, também venceu o troféu agora recebido pelo filho, o “braço de ouro”, e ainda teve direito, duas vezes, a receber o título de “braço de diamante”, no rodeio nacional que reúne os campeões dos estados onde o movimento tradicionalista tem representação.

“Aos dois anos, o Henzo já andava num pônei. Nessa idade, ele já saía comigo pra dar umas campereadas curtas na volta da casa. E logo depois já passou pro cavalo. Aos quatro anos, ganhou o primeiro troféu. Hoje, acumula 96 troféus”, explica Rodrigo.

O pai ainda deixa claro:

“Estou sempre incentivando, mas não sou um pai deslumbrado com as conquistas do filho. Tento sempre colocar o Henzo no rumo certo e cuidar para que ele sempre tenha as companhias certas, para não ser levado para o mau caminho”, completa.