Jornalista e ex-deputado Fernando Villavicencio foi morto a 11 dias das eleições, marcadas para 20 de agosto
O assassinato de Fernando Villavicencio na quarta-feira (9), em Quito, ocorreu a 11 dias das eleições para a presidência do Equador, marcadas para 20 de agosto. Com oito concorrentes, e sem a participação do atual mandatário, Guillermo Lasso, a corrida era liderada por Luisa González, do partido Revolução Cidadã — o mesmo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017). Villavicencio — representante da esquerda, assim como Luisa, mas opositor do correísmo — não estava entre os favoritos, porém, segundo algumas pesquisas, tinha chance de chegar ao segundo turno.
O país sul-americano já vivia, antes do crime, momento de crise na política. Em maio, as eleições foram antecipadas. O atual presidente, Guilhermo Lasso, alvo de um processo de impeachment, acionou uma cláusula da Constituição que permite dissolver a Assembleia Nacional. Pela lei, com a dissolução do parlamento, Lasso estava obrigado a convocar novas eleições presidenciais.
Oito candidatos se registraram na corrida pela presidência do país: Yaku Pérez, líder indígena; Daniel Noboa, ex-deputado, Luisa González, ex-deputada; Jan Topic, economista; Otto Sonnenholzner, ex-vice-presidente; Bolívar Armijos, advogado; Fernando Villavicencio, jornalista e ex-deputado; e Xavier Hervas, empresário.
Na pesquisa de intenção de voto realizada pela ClickReport, entre 4 e 6 de agosto, Luisa lidera a disputa com folga. A briga pela segunda colocação estava acirrada, mas Villavicencio aparecia em quinto lugar. Confira:
Em outra pesquisa, esta realizada pela AS/COA, a liderança ainda é de Luisa González, mas as demais posições são diferentes, com Villavicencio em quarto lugar, a menos de três pontos percentuais do segundo colocado:
A votação em primeiro turno ocorre em 20 de agosto. Caso necessário, um segundo turno será realizada em 15 de outubro.