Governador reeleito de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), também formalizou, nesta terça-feira (4), em coletiva de imprensa, apoio a Bolsonaro no segundo turno das eleições.
— Não poderia também deixar neste momento de estarmos aqui, colocando as nossas divergências de lado, eu sempre dialoguei com o presidente Bolsonaro. Sabemos que em muitas coisas convergirmos e em outras, não. Mas é o momento em que o Brasil precisa caminhar para frente, e eu acredito muito mais na proposta do presidente Bolsonaro do que na proposta do adversário (Lula) — afirmou Zema.
Ele declarou ter herdado uma “tragédia” do governo petista de Fernando Pimentel em Minas Gerais e que esse foi um dos motivos que o levou a Brasília para declarar apoio ao candidato do PL.
Bolsonaro agradeceu ao governador e destacou que, apesar de ter apoiado formalmente outro candidato em Minas Gerais, o senador Carlos Viana (PL), também sempre destacou a boa gestão de Zema.
— Esse apoio é decisivo, e vamos ter, em Minas Gerais, uma boa diferenciação para o adversário (Lula) — avaliou.
Segundo maior colégio eleitoral do país, Minas é considerado estratégico na campanha e deverá ser visitado por Bolsonaro em pelo menos três ocasiões até o dia do pleito, em 30 de outubro.
O economista Armínio Fraga, presidente do Banco Central (BC) durante o segundo governo de Fernando Henrique Cardoso e nome importante na gestão do tucano, declarou seu voto em Lula no segundo turno.
— Vou declarar apoio a Lula. Pensei em anular para indicar pouca confiança nos dois finalistas, pensando nas oportunidades desperdiçadas pelo PT no poder. Não vejo uma margem suficiente e, como já disse, os riscos aumentaram — declarou ao Estadão.
Reeleito governador no Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), assim como Romeu Zema, esteve em Brasília nesta terça-feira para reforçar apoio a Bolsonaro no segundo turno das eleições.
— Como sou do partido (PL) e apoiador do presidente, não tinha como não vir aqui e me esforçar muito para o Rio ser a capital da reeleição de Bolsonaro — afirmou Castro, em coletiva de imprensa.
O presidente Bolsonaro, que estava ao lado de Castro na coletiva, agradeceu o apoio e reafirmou os laços criados entre o governo federal, durante seu mandato, e o governo do Rio de Janeiro.
— Sempre tivemos um bom relacionamento com o Rio de Janeiro, desde quando Cláudio Castro assumiu. Passamos pela pandemia e criamos juntos o Auxílio Emergencial, que fez com que a economia não colapsasse. Quem ganha é o Rio e o brasileiro — pontuou Bolsonaro.
Cidadania
O partido Cidadania anunciou, nesta terça-feira, apoio a Lula no segundo turno da disputa pela Presidência da República, após uma reunião da Executiva da legenda.
— O partido decidiu pelo apoio ao candidato do PT no segundo turno. Uma decisão que foi quase por unanimidade. Tivemos três votos defendendo neutralidade. E unanimidade contra Bolsonaro. Ele, nesses quatro anos, demonstrou o seu total desrespeito às instituições democráticas. Por causa de todo esse risco, vamos votar no número 13 — declarou Roberto Freire, presidente do partido.
Ana Amélia Lemos
Senadora que tentou a reeleição neste ano, Ana Amélia Lemos (PSD) confirmou que votará pela terceira vez em Bolsonaro no dia 30 de outubro.
— Não vou sair por aí de bandeirinha, fazendo campanha, mas meu voto será dele, em respeito aos meus eleitores, que não querem o PT de volta ao poder — disse Ana Amélia à coluna de Rosane de Oliveira em GZH.
Vale lembrar que Ana Amélia, em 2018, na disputa pelo Planalto, foi companheira de chapa de Geraldo Alckmin (PSB), que hoje é vice de Lula.
Tasso Jereissati
Ex-presidente do PSDB e senador pelo Ceará, Tasso Jereissati declarou nesta segunda-feira (3) apoio a Lula, depois de ter ficado ao lado de Simone Tebet (MDB) no primeiro turno.
— Minha posição é Lula. Evidente que o partido tem que discutir alguns pontos com a equipe dele, mas o que está em jogo para nós é a democracia e a democracia acima disso tudo. E esperando que Lula se comprometa com um governo de pacificação — disse.
Lucas Redecker
Presidente licenciado do PSDB no Rio Grande do Sul, Lucas Redecker, usou as redes sociais nesta segunda-feira (3) para declarar apoio a Jair Bolsonaro.
“Para à presidência, a maior preocupação é o não retorno do método de governo que o PT apresentou enquanto esteve à frente presidência da república. Com isso, o melhor caminho para o Brasil é o presidente Bolsonaro”, escreveu no Twitter.
À coluna de Rosane de Oliveira, Redecker, que foi reeleito como deputado federal, explicou que o apoio a Bolsonaro é um posicionamento pessoal, e não do partido.
José Serra
Senador pelo PSDB de São Paulo, José Serra oficializou na noite desta terça-feira (4) apoio ao ex-presidente Lula (PT) no 2º turno da eleição presidencial. Os dois foram rivais na eleição de 2002, quando o petista conquistou o primeiro mandato como presidente.
Ao mesmo tempo, sem enxergar problema, Serra declarou apoio a Tarcísio de Freitas (Republicanos) na disputa ao governo de São Paulo. Tarcísio é o candidato de Bolsonaro, e disputa o segundo turno contra Fernando Haddad (PT).
As indefinições
Soraya Thronicke
Na manhã desta terça-feira (4), a senadora do Mato Grosso do Sul e presidenciável nas eleições de 2022, Soraya Thronicke (União Brasil), participou do programa Timeline, da Rádio Gaúcha, onde afirmou que não apoiará nenhum dos candidatos que concorrem no segundo turno. Com 600.955 votos, a senadora ficou em quinto lugar nas eleições presidenciais.
— A ideia é deixar em aberto para cada um do partido decidir o voto. A nível de país, acredito que eu vá me calar — comentou.
Simone Tebet
Terceiro lugar no primeiro turno das eleições, Simone Tebet (MDB) ainda não declarou seu apoio a nenhum dos dois candidatos que disputam o segundo turno das eleições, apesar de ter afirmando, ainda no domingo, que já tem um lado e que não é para esperar dela omissão.
Nesta terça-feira, Lula afirmou que já procurou Simone em busca de apoio na campanha do segundo turno e disse, no entanto, que a negociação de apoio deve ser feita por meio das instâncias partidárias.