Piratini assegura que doações "serão aplicadas de forma transparente, com auditoria e fiscalização do poder público". Governo federal anunciou o repasse de R$ 741 milhões em recursos para as cidades atingidas pelas fortes chuvas.
O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), justificou a criação da conta PIX para receber doações em dinheiro daqueles que quiserem ajudar as vítimas das enchentes que atingiram o estado após a passagem de um ciclone extratropical. Em entrevista à Globo News nesta segunda-feira (11), Leite citou ‘aproveitadores’ e ‘desafio logístico‘ para defender a medida.
“Eventualmente aproveitadores possam usar esse momento para fazer arrecadação que efetivamente não chegue ao destino, explorando a solidariedade, a boa vontade, a bondade das pessoas. A outra é que, mesmo pessoas bem intencionadas, podem acabar arrecadando recursos para fazer compra de itens que, na verdade, não estão sendo necessários. A solidariedade das pessoas é tão grande que é um desafio logístico”, ponderou Leite.
O anúncio da criação da conta SOS Rio Grande do Sul foi feito pelo governador no sábado (9). No dia seguinte, o governo federal anunciou o repasse de R$ 741 milhões em recursos para as cidades atingidas pelas fortes chuvas.
De acordo com o governo, os valores serão geridos pelo estado em parceria com entidades que atuam no trabalho de assistência social e ajuda humanitária. O Piratini acrescenta que as doações “serão aplicadas de forma transparente, com auditoria e fiscalização do poder público”.
“Tem uma reunião hoje [segunda-feira] à tarde com participação do Sebrae, de federações de associações comerciais, entidades filantrópicas, que vão fazer esse gerenciamento, identificando cada um desses casos e ajudando essas pessoas diretamente”, relatou Leite.
Até esta segunda, 46 mortes já haviam sido causadas pelas enchentes e temporais que atingiram o estado durante a semana. A passagem do ciclone causou prejuízo de R$ 1,3 bilhão, de acordo com a Confederação Nacional de Municípios, com os comércios locais tendo perdas de R$ 423,8 milhões. O Governo Federal anunciou repasse a prefeituras de R$ 800 por pessoa afetada.