Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais mostram que, apenas em setembro, o Brasil registrou 57.312 focos de incêndios. As queimadas, espalhadas em 27 Estados, formaram um corredor de fumaça que avançou sobre todo o país, afetando a qualidade do ar e dificultando a passagem dos raios solares – com dias nublados mesmo sem a presença de Sol.

O vento que sopra de norte para sul trouxe esta fumaça ao Rio Grande do Sul, que teve apenas dois dias de céu azul entre 13 de agosto e 13 de setembro. A condição melhorou apenas no sábado (14), com avanço de uma frente fria, que trouxe chuva a diversas regiões do Estado entre quinta (12) e sexta-feira (13), e dispersou a pluma com vestígios das queimadas.

Esta melhora é indicada no Sistema de Monitoramento Atmosférico do Copernicus, em que é visualmente possível observar o corredor de fumaça – representado em vermelho – deixando o Rio Grande do Sul a partir de sábado. Alimentada com informações coletadas via satélite pela Agência Espacial da União Europeia, a ferramenta aponta que o céu do RS deve manter-se limpo da fumaça até, pelo menos, quarta-feira (18), resultado do vento frio que impede a entrada do ar que sopra do norte ao Estado.

Como resultado, a qualidade do ar melhorou em Porto Alegre. Após classificar o ar da Capital como “insalubre” na sexta-feira (13), com marca de 157 em um índice que o quanto mais próximo de 500, pior a poluição do ar, a agência suíça IQAir apontou “ar bom”, com pontuação de 42 na tabela, nesta segunda-feira.