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As quatro prioridades para o Inter trabalhar na semana sem jogos



Roger Machado terá cinco dias de treinos antes de enfrentar o Palmeiras, no domingo à tarde; equipe precisa de melhorias ofensivas e defensivas

Foto: Roger terá uma semana de trabalho pela frente. Ricardo Duarte, Inter / Divulgação
30 de julho de 2024

Pela primeira vez desde que o Brasileirão começou (sem contar o período da enchente, é claro), o Inter terá uma semana para treinar. Eliminado da Copa do Brasil, o time ganha espaço na agenda e só volta a campo no domingo, para enfrentar o Palmeiras. E há pelo menos quatro aspectos que Roger Machado precisa priorizar nesse período.

A questão física é bem óbvia. A sequência de jogos impediu um descanso maior. E resultou em muitos lesionados, como Vitão, Fernando, Thiago Maia e Alan Patrick. Esses jogos, somados ao período parado pela enchente atrapalhou a preparação.

Com bola rolando, o time andou vazando em lances originários de bolas paradas. E segue com a sina de marcar poucos gols. Por isso, necessita fazer ajustes no ataque.

— Estamos há 10 dias com três jogos. Com os que foram para campo, tivemos três treinos de 20 minutos. Ter uma semana aberta, na infelicidade de estar ausente da Copa do Brasil, será importante para elevar os níveis — falou Roger, após o jogo contra o Bahia.

A seguir, detalhamos as principais urgências do time colorado.

1 – Recuperação física

De 28 de maio, quando o futebol voltou no RS após a enchente, até 27 de julho, o Inter jogou em todos os meios e finais de semana. Não teve nem sequer um período maior de descanso. Isso cobrou um preço. Além do desgaste dos jogadores, que fica bem óbvio pelo desempenho em campo, o time conta com quatro potenciais titulares no departamento médico. A semana pode ajudar a recuperar Thiago Maia e Vitão, dois desses candidatos. Fernando continuará em tratamento. E de dois atletas importantes para rodar o grupo, Wanderson e Lucca. Aránguiz, em negociação, não deve retornar.

Com a mudança na comissão técnica, haverá também uma troca na preparação física. O novo foco é em força e não mais na intensidade. Assim, a academia deve ganhar uma atenção especial nesses cinco dias.

— É um novo começo. Agora vamos ter tempo para trabalhar a filosofia do Roger — comentou Bruno Henrique.

2 – Bola parada defensiva

O Inter ainda tem a melhor defesa do Brasileirão, mas nas duas últimas partidas, levou gols em lances oriundos de faltas. Contra o Rosario Central, um cruzamento lento e alto não foi afastado pela defesa e, após dois chutes, os argentinos marcaram. Diante do Bahia, a cobrança foi direta para a área e encontrou David Duarte saltando sozinho.

Roger confirmou que mexeu no estilo da marcação, adaptando a forma mista (que combina alguns encaixes individuais com acompanhamento por zona), mas não teve sucesso, especialmente na partida do Brasileirão.

A bola parada sempre foi polêmica para Roger. Desde sua primeira passagem pelo Grêmio houve debate sobre o estilo preferido para marcar as ações dos adversários.

— Mudei apenas a bola parada, que achei que seria necessária para esse jogo — admitiu Roger.

Esse tipo de jogada, segundo Roger, decide mais da metade das partidas. Evitar levar gols assim, portanto, é prioridade.

3 – Desenho ofensivo

Contra Rosario Central e Bahia, Roger montou o time, sem a bola, com duas linhas de quatro jogadores e uma com dois. Em ambos, começou com Borré aberto, liberando Valencia e mais um (Alan Patrick contra os argentinos, Gabriel Carvalho no Brasileirão) para ficarem centralizados. Em Salvador, mudou o time após meia hora. Ele centralizou Borré e abriu Gabriel para o que chamou de meia-ponta.

— Precisamos encontrar um ponta por um lado e um meia-ponta pelo outro. Fiz essa mudança e estabilizamos com o melhor casamento das características dos jogadores. Valencia e Borré nos dão condição para e mais um meia-ponta, dentro dessa conjuntura que estamos vivendo é o que deve seguir ocorrendo — alertou o treinador.

Assim, é provável que ele ensaie o time novamente tendo Gabriel Carvalho aparecendo do lado, mas abrindo espaço para os avanços de Bustos e fechando na criação. Borré e Valencia ficam mais adiantados, para dar volume de jogo pelo meio.

4- Finalização

Em números absolutos, o Inter tem o pior ataque do Brasileirão. Foram 13 gols em 13 jogos. Está em nono lugar na média de finalizações por partida, com 12,6 a cada 90 minutos (segundo o FootStats). O problema é a pontaria: só o Palmeiras erra mais as conclusões que cria. A favor do time de Abel Ferreira é que constrói muito mais.

Por isso, acertar o pé também faz parte das prioridades. Ainda que Roger tenha avisado:

— O que mais fiz nesses 10 dias foram trabalhos de finalização, justamente para que a gente consiga ter o hábito de estar na frente do goleiro e decidir pela melhor ação. Faço quase todos os dias, com cruzamentos, infiltrações e (jogadas de) apoio.

Precisa mais. A falta de força ofensiva do Inter é um obstáculo que já dura quase todo o ano. Com goleadores reconhecidos, como Borré e Valencia (Alario também, mas tem sofrido fisicamente), isso não deveria ser um problema.

Fonte : GZH 
Foto : Ricardo Duarte, Inter / Divulgação

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