— Segundo os legistas, é uma adulta jovem de baixa estatura — aponta o coordenador regional do IGP, Airton Kraemer, que reforça que se tratam de informações preliminares.

Ainda conforme a perícia, a vítima não foi esquartejada:

— Não encontraram marcas de tiros nos ossos, mas como foi encontrada em uma mala, tudo sugere se tratar de um homicídio. O tempo da morte está estimado em seis a nove meses.

A ossada será transportada na semana que vem para Porto Alegre, devido ao estado avançado de esqueletização, que é quando sobram apenas os ossos e as cartilagens mais duras. Isso porque neste estágio de decomposição, a forma de identificar a vítima é por meio da comparação do material genético que é realizada na sessão de antropologia forense do IGP, na capital.

Nesse setor, os peritos extrairão o DNA da arcada dentária e esse material será replicado e processado no sequenciador de DNA. Em seguida, comparado com o banco de dados do IGP e também com o Banco Nacional de Perfis Genéticos do Ministério da Justiça. O material também pode ser confrontado com o DNA de familiares de pessoas desaparecidas.

O coordenador regional do IGP acrescenta que é possível fazer a identificação pela análise da arcada dentária se uma provável vítima tiver prontuário em dentista, raio x, placa de clareamento ou de bruxismo. Dessa forma, a identificação é bem mais rápida do que pelo DNA.

Duas famílias que têm parentes desaparecidos estiveram no Posto Médico-Legal (PML) em Caxias do Sul interessadas em fornecer material para comparar com a ossada. Quem também estiver nessa situação, pode ir até uma delegacia da Civil e fazer um requerimento. Após, é necessário ir até o PML para coletar material. A identificação dos restos mortais levará em torno de 30 dias.

Fonte : GZH  Pioneiro

Foto : Paula Brunetto / Agência RBS