"A casa vibrava", relata morador que sentiu tremores de 2,3 graus na escala Richter em Caxias - Agora Já -

“A casa vibrava”, relata morador que sentiu tremores de 2,3 graus na escala Richter em Caxias



Fenômeno é considerado natural e foi registrado também em Bento Gonçalves

Foto: O aposentado João Maciel acordou às 3h com os tremores no bairro Universitário e não conseguiu voltar a dormir. Pedro Zanrosso / Agencia RBS
13 de maio de 2024

Moradores de pelo menos quatro bairros de Caxias do Sul foram acordados na madrugada desta segunda-feira(13) por tremores de terra. Os bombeiros receberam cerca de cem ligações que relataram o fenômeno.

De acordo com o Observatório de Sismologia da Universidade de Brasília (UNB), tremores também foram registrados em outras cidades da Serra. O primeiro, de 2,4 graus, à 1h48min em Bento Gonçalves. O segundo, às 2h58min, em Caxias do Sul, de 2,3 graus e o terceiro às 3h03min, com a mesma intensidade, também em Caxias.

Segundo o geólogo Nerio Susin, ex-secretário de Meio Ambiente do município, o nível registrado é considerado baixo. Até 4 graus nesta escala são observados, no máximo, pequenos danos materiais, como quedas de reboco das construções. Ele descarta qualquer tipo de perigo em relação ao fenômeno.

Na maior cidade da Serra, os tremores foram sentidos por residentes dos bairros Jardim América, Universitário, Madureira e Pio X. Na Rua Claudino Antônio Brisotto, no bairro Universitário, dezenas de moradores saíram de casa com medo de que os tremores pudessem causar danos nas residências.

O aposentado João Maciel, 63 anos, classificou a experiência como assustadora. Acordado às 3h pelo fenômeno não conseguiu voltar a dormir:

— A casa vibrava, foram dois tremores bem fortes e depois continuou de forma mais fraca. Os cachorros não paravam de latir e as luzes das casas nas ruas foram todas acessas.

Para o técnico em radiologia, Sandro Velho, 49, a sensação foi de um trovão, mesmo que sem barulho notado por ele, mas com potencial muito maior:

— Contei cinco entre 3h e 4h, todos os apartamentos de um prédio acenderam as luzes. Não tinha barulho, era o tremor mesmo, sem nenhum estalo. A primeira sensação era de que viria mais um temporal. Foi apavorante, já tinha ouvido falar de tremores, mas nessa rua nunca tinha sentido.

No final da rua, o casal de comerciantes Márcio Mascarello, 50, e Elizabete Breitembach, 45, se preocuparam com a estrutura da casa e com os filhos de nove e 13 anos que não chegaram a acordar.

— Me preocupei com o gesso do andar de baixo, que parecia que iria cair. Meu pai que também é nosso vizinho disse que já havia sentido na semana passada quando chegou a quebrar as telhas, mas achamos que era por conta do temporal — disse Elizabete.

Pedro Zanrosso / Agencia RBS
O casal de comerciantes Márcio Mascarello, 50, e Elizabete Breitembach, 45, se preocupou com a estrutura da casa. Pedro Zanrosso / Agencia RBS

A prefeitura de Caxias do Sul emitiu uma nota que informou não haver riscos para a população. Na nota, o diretor de Gestão Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), geólogo Caio Torques, explica que o que está acontecendo é a acomodação de camadas rochosas subterrâneas, o que já ocorreu no município em outras oportunidades.

Fonte : GZH 
Foto : Pedro Zanrosso / Agencia RBS

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