Equipe tem oitavo melhor aproveitamento do campeonato e pode brigar por lugar em competições continentais de 2025; número de vagas depende do desempenho de brasileiros nas Copas
Com metade (mais um jogo) do Brasileirão disputado, o Inter está em uma encruzilhada. Diante do Cruzeiro, recupera um dos quatro jogos atrasados que ainda deve. E o resultado que obtiver no Mineirão a partir das 19h30min desta quarta-feira (28), ajudará a definir para onde olhará na tabela, se para cima ou para baixo.
Antes de começar o campeonato, a distribuição de vagas é a seguinte: do primeiro ao quarto (o popular G-4), fase de grupos da Libertadores; quinto e sexto (G-6), fase preliminar; sétimo a 12º, Copa Sul-Americana; 17º a 20º, rebaixamento (Z-4). Mas como há lugar na Libertadores do ano seguinte também para os campeões de Copa do Brasil, Libertadores e Sul-Americana, o número de vagas do Brasileirão pode variar.
Em resumo: se o campeão de alguma dessas copas estiver entre os que teriam vaga pelo desempenho no campeonato nacional, os times que vêm logo a seguir garantem posto. Assim, o G-6 pode virar até G-9. No atual momento, estão vivos em Libertadores, Copa do Brasil e Sul-Americana clubes da parte alta da tabela do Brasileirão. O que permitiria ao Colorado conquistar uma vaga na competição continental mesmo que não chegue ao sexto lugar.
O cenário do Inter após 20 rodadas do Brasileiro também aponta ser virtualmente impossível buscar o título. Mantendo o aproveitamento atual, seria necessário ganhar todos os jogos para superar o líder Fortaleza. (Ao final está um resumo dos possíveis caminhos do Colorado no torneio.)
Claro que tudo pode mudar de acordo com o desempenho dos times nessa segunda metade do campeonato. A projeção é feita conforme os números atuais. Mas com base nesses índices, pelo que briga o Inter?
Para o técnico Roger Machado, é possível acreditar. Na última entrevista coletiva, o treinador se mostrou esperançoso em um crescimento a partir do retorno de jogadores que estavam lesionados e novos contratados:
— Não posso precisar o que esse trabalho vai nos dar lá no futuro. Mas posso ser otimista e dizer que o futuro é promissor.
Entre os torcedores, é possível notar o otimismo. Para o colorado Vini Moura, uma das vozes coloradas do Grupo RBS, o desempenho atual deixa margem para alçar voos:
— A briga do Inter no Brasileirão é para uma possível vaga no G-8. Não sabemos se as combinações entre as Copas abrirá mais vagas para Libertadores do ano que vem, mas, caso isso aconteça, o Inter precisa estar preparado. Isso passa por um time que consiga equilibrar a instabilidade que vive hoje. Uma sequência de vitórias e boas atuações nos deixam esperançoso.
Para os analistas, o cenário ainda é cauteloso. Na visão do narrador Marcelo de Bona, ainda está na fase de olhar para baixo e tentar engrenar vitórias para poder vislumbrar um futuro melhor.
— Neste momento, o campeonato do Inter ainda é sair da parte que o deixa desconfortável na tabela. Se conseguir dois ou três resultados seguidos, naturalmente o cenário muda e a briga passa a ser por vaga na Libertadores, especialmente se considerar o aumento no número de vagas. Mas é preciso reconhecer que o time ainda busca as peças certas no grupo, um melhor desempenho em campo e a retomada da confiança para poder ter uma arrancada — resume.
Esse cenário ficará mais claro depois de quarta-feira. E será ampliado no domingo, quando o time visita o Juventude antes da pausa da data Fifa.
Veja as projeções para conquista de objetivos no Brasileirão