O projeto oferece aos estudantes a oportunidade de passar uma semana vivendo o mundo do Legislativo e conhecendo, na capital federal, prédios como o Palácio do Planalto, o Supremo, além do Congresso. Estudante do primeiro ano do Ensino Médio, Andriely foi reconhecida pela melhor redação entre mais de 10 mil alunos gaúchos.

– A experiência está sendo muito importante para mim participar desta edição justamente depois de toda a catástrofe que nosso Estado vivenciou. Eu me sinto muito feliz de estar aqui representando meu Estado e conhecendo culturas novas, afinal o aprendizado que a gente recebe será fundamental para o resto de nossas vidas.

Em Brasília, os jovens senadores de cada Estado são separados em comissões temáticas. A gaúcha ficou na área da educação. Seu grupo propôs uma nova forma de os estudantes ingressarem em universidades públicas, por  meio do método de avaliação seriada.

– Aí, a gente faz uma votação no plenário, com todos os jovens senadores, e os projetos são aprovados. Agora, no decorrer do tempo, esses materiais podem ser aprovados pelos senadores e virar, de fato, lei – conta.

Neste ano, o tema da redação envolveu “Os 200 anos do Senado e os desafios para o futuro da democracia”. Andriely aborda no texto duas temáticas: a baixa participação da mulher na política, quando o Brasil tem população majoritariamente feminina, e toca nos ataques antidemocráticos promovidos nas redes sociais e que culminaram nos atos de 8 de Janeiro, que destruíram a Praça dos Três Poderes

A professora Gisele da Rocha acompanha Andriely na capital federal. Ela destaca a conquista da estudante como exemplo para os demais alunos da escola e de todo o Estado.

– Não é por serem alunos de uma escola pequena, de um município pequeno, que eles não terão as mesmas oportunidades que os outros, no Brasil todo. Pelo contrário: essa vitória da Andriele mostra aos alunos da nossa escola e aos alunos de todo o RS, que todo estudante, todo jovem, tem de se encorajar, precisa conhecer sobre política. É fundamental para vida deles, que se encoragem a argumentar, a defender suas ideias, a se organizarem para defenderem seus interesses e os interesses da coletividade. Vejo a Andriele como um ponto de partida de transformação da escola toda – explica.

O jornalista Vitor Netto colabora com o colunista Rodrigo Lopes, titular deste espaço.

Fonte : GZH 

Foto : Saulo Cruz / Agência Senado / Divulgação