Abertura da janela ainda não significou contratações do lado do Beira-Rio; clube deve perder jogadores, especialmente da defesa, para clubes europeus
Aberta desde 10 de julho, a janela de transferências ainda não trouxe reforços para o Inter. Está mais perto do contrário, de retirar jogadores. Ainda assim, a direção mira em novidades para todos os setores do campo, algumas com mais urgência, de acordo com as possíveis saídas.
— Estamos no mercado para que cheguem jogadores que supram saídas, como no caso do Maurício. Mas, mesmo sem saídas, estamos trabalhando para reforçar o grupo pontualmente. É também olhar quem caiu de rendimento. Não vou citar, mas sabemos internamente — disse o presidente Alessandro Barcellos.
A seguir, veja um panorama dos planos colorados para a sequência da temporada.
Não há previsão de mudanças. Rochet, Fabrício e Anthony contam com prestígio, confiança e segurança. Nenhum deles deve sair, ninguém chegará.
Na direita está a urgência. A saída de Hugo Mallo abriu uma vaga no setor. E Bustos está em vias de ser negociado. O Villarreal, da Espanha, tem interesse no lateral argentino. Se a proposta for oficializada, a tendência é de acerto, até porque seu contrato vai até o final de fevereiro de 2025. Assim, poderia assinar pré-contrato a partir do final de agosto, saindo sem deixar contrapartida financeira ao clube gaúcho. Nesse cenário, sobraria apenas Igor Gomes.
Na esquerda, as mudanças ocorrerão no ano que vem. Renê não deve ter seu contrato renovado. Bernabei, atual titular, tem vínculo de empréstimo até dezembro. O Inter buscou informações sobre Wellington, do São Paulo, cujo contrato se encerra no final do ano.
Vitão é o principal candidato a deixar o Inter. O Real Betis, da Espanha, já fez proposta, e os clubes discutem a forma de pagamento. O zagueiro deve ser vendido. Além dele, o Zenit espera negociar Robert Renan, atualmente emprestado ao Inter. Se receber oferta, venderá. Por isso, o time gaúcho terá de achar reposição. Nenhum nome apareceu até o momento, mas é certo que serão intensificadas as buscas caso sejam concretizadas.
A promoção de Yago Noal servirá para ocupar a vaga aberta pelo iminente empréstimo de Matheus Dias ao Nacional-POR. Luis Otávio, também da base, recebeu chance. Aránguiz teve rescisão de contrato nesta quarta-feira (31). Por conta das eliminações na Copa do Brasil e na Sul-Americana, não haverá necessidade de recompor essas possíveis baixas. Volantes não estão entre as prioridades.
A lesão de Alan Patrick pode fazer a direção buscar algum reforço pontual, ainda que não seja prioridade. Gabriel Carvalho, mesmo jovem, receberá oportunidades e aparecerá na equipe com frequência.
Essas, sim, são prioridades. Na formação de Roger, há espaço para esses jogadores. O Inter conta com Wesley e Wanderson como ponteiros (ou extremas) de origem. Mauricio foi vendido ao Palmeiras. Hyoran aparece no setor esporadicamente, mas ainda sem a resposta adequada. Existe uma possibilidade de saída de Wanderson, que interessa a clubes europeus. Se aparecer oferta, deverá ser negociado.
Como o grupo foi montado para o modelo de Coudet, que priorizava dupla de ataque, não houve busca específica por jogadores de lado do campo. A direção está vasculhando o mercado.
Borré e Valencia, enfim, terão sequência. Mas o reserva imediato, Alario, não atendeu às expectativas do clube. Se receber uma proposta, será vendido. E aí está uma necessidade de reposição, já que as demais opções, os jovens Lucca e Lucca Drummond não estão prontos para atuar pelo time principal. Leandro Damião foi oferecido, mas não interessa no momento. A direção ainda procura outros nomes que possam chegar já em condições de jogar.