Os suspeitos, segundo a Civil, vão responder por furto de energia elétrica, porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, crime contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro
Uma ação realizada pela Polícia Civil, em conjunto com o setor de Segurança Coorporativa da RGE, descobriu uma mineradora clandestina de criptomoeda em Canela. No local, uma casa com muros altos no bairro São Lucas, foram verificados indícios de furto de energia elétrica. Durante as buscas, na terça-feira (18), policiais constaram o funcionamento de centenas de máquinas utilizadas para a mineração de criptomoedas.
A RGE mediu um consumo mensal acima de R$ 100 mil, estimando a fraude em cerca de R$ 1,5 milhão nos últimos meses. A Polícia Civil apreendeu todos os equipamentos, avaliados preliminarmente em mais de R$ 500 mil.
A operação resultou na prisão de um casal em flagrante e na apreensão de três armas de fogo. De acordo com informações da Polícia Civil de Canela, os suspeitos respondem a furto de energia elétrica, porte ilegal de arma de fogo de uso proibido, crime contra a ordem tributária e lavagem de dinheiro. Os dois foram encaminhados ao Presídio Estadual de Canela.
Em uma analogia à extração de ouro, a mineração de criptomoedas é a forma como esse dinheiro digital é “garimpado” por computadores superpotentes. A atividade, que vem se tornando cada vez mais competitiva, exigindo investimentos em maquinários cada vez mais avançados, também recebe críticas em razão de impactos ambientais, como o alto consumo de energia elétrica.
Criptomoeda é uma moeda digital que não é emitida nem controlada por governos e bancos. São basicamente linhas de código criptografadas, que só podem ser acessadas com as chaves de cada usuário. A transação com essas moedas é feita entre os agentes que as detêm, de forma totalmente online. Há diferentes tipos de criptomoeda — o bitcoin é a mais conhecida.