Pelas redes sociais, Gabrielli Rodrigues da Silva e Alisson Nunes Vicente lamentaram a perda da filha de sete meses, que desapareceu na enchente há uma semana
Os pais de Agnes da Silva Vicente, que estava desaparecida há uma semana, usaram as redes sociais neste domingo (12) para informar a morte da filha de sete meses. A menina havia desaparecido no dia 4 de maio, após cair na água durante o resgate da família no bairro Harmonia, em Canoas, na Região Metropolitana.
A mãe de Agnes, Gabrielli Rodrigues da Silva, 24 anos, deu a notícia por meio da publicação de uma foto de Ágata — gêmea de Agnes — ao lado de uma roupinha.
“Infelizmente a história não acabou como queria, agora este vazio da foto vai ser eterno”, afirma o início do texto escrito pela jovem.
Gabrielli disse que faltam palavras para descrever a dor que está sentindo e citou as pessoas que se disponibilizaram a ajudá-los. Desde que o caso foi divulgado, houve uma grande mobilização nas redes sociais na tentativa de localizar a menina.
“A nossa luta diária de cada segundo de angústia acabou e agora você pode descansar no colo de Deus, minha vidinha. Minha tão sonhada Agnes, a mamãe nunca, jamais, vai deixar você ser esquecida”, escreveu Gabrielli.
A jovem finalizou o texto pedindo perdão à filha por não ter conseguido pegá-la. Já o pai, Alisson Nunes Vicente, 25, publicou uma imagem das duas meninas, afirmando que está “com o coração em pedaços”.
Nenhum dos dois deu detalhes sobre onde e quando a menina foi localizada. Ainda pelas redes sociais, Gabrielli pediu que respeitassem sua dor, sem receber questionamentos sobre como foi e onde Agnes estava.
A família deixou a residência onde morava, em Canoas, por volta das 20h30min de 4 de maio, em um barco que virou durante o resgate. Todos caíram na água. A gêmea Ágata foi internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Universitário após o acidente com a embarcação. A outra filha, Alice, de sete anos, também foi levada à instituição de saúde.
De acordo com relatos de pessoas que estavam no local do salvamento, Agnes teria sido levada até uma ambulância depois que o barco virou. O homem que teria retirado a criança da água e a reanimado procurou Gabrielli no abrigo do campus da Ulbra, também em Canoas, para contar o que viu.
— Ele somente a largou na ambulância e então correram com ela para algum lugar. Todos que nos ajudaram me garantiram que pegaram as duas (gêmeas) — disse Gabrielli em conversa por mensagens com a reportagem de GZH.
A esperança da família era que a criança estivesse em algum hospital. A Polícia Civil estava investigando o caso como desaparecimento e a Promotoria da Infância de Canoas também estava engajada na tentativa de localizar Agnes em instituições de saúde de diferentes municípios.