Animal vive no interior de Nova Petrópolis e é o xodó da família
Uma égua crioula que vive no distrito de Linha Imperial, no interior de Nova Petrópolis, pode ser o mais velho equino do Rio Grande do Sul. Pinta, de 43 anos, pertence à aposentada Clarice Schmokel. A “vovó” não possui documento e sua origem seria Gramado.
Segundo a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos Crioulos (ABCCC), entre os registrados, o equino mais velho do Estado é a égua Alcalina das Mercedes, de 34 anos, que vive em Cachoeira do Sul.
O veterinário Henrique Noronha fez o cálculo: levando em conta a expectativa de vida de uma pessoa no Brasil, é como se Pinta tivesse 111 anos, se fosse humana. Mesmo há 15 anos sem montaria, é tratada como animal de estimação, um xodó para a família.
— O sentimento é de gratidão. Ouvi-la relinchando de manhã e no final do dia até ganhar seu pãozinho, ração, entre outros, tornou-se necessário aos nossos ouvidos — diz a filha da proprietária, a professora Patricia Weber Pereira.
Segundo o veterinário de Nova Petrópolis Marcos Alexandre de Azevedo, que enviou a foto da égua, a expectativa de vida de um cavalo oscila entre 25 e 30 anos.
— Não são raros os que chegam a 30 anos. Eu mesmo tenho um com 32 anos, que nasceu lá em casa e lá continua até hoje, aposentado claro — diz Azevedo.