Homem tinha 71 anos e morreu no domingo (3)
O Rio Grande do Sul registrou a 16ª morte por dengue neste ano. A confirmação do Centro Estadual de Vigilância em Saúde foi nessa sexta-feira (8). Trata-se de um morador de Vista Gaúcha, na Região Noroeste.
O homem de 71 anos morreu no domingo (3), mas a confirmação só foi divulgada na sexta-feira (8). Segundo informações da Secretaria Estadual de Saúde (SES), ele tinha doenças pré-existentes. O último boletim do Estado sobre a doença mostra que Vista Gaúcha tem 308 casos confirmados de dengue.
O noroeste gaúcho registra grande incidência de casos e mortes de dengue nos primeiros meses deste ano. Das 16 mortes, nove foram registradas na região (Tenente Portela com três óbitos; Cerro Largo, Cruz Alta, Giruá, Independência e Santa Rosa com um morte cada, além de Vista Gaúcha).
De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, historicamente o Noroeste apresenta a maior incidência para casos de dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti. Essa característica se explica pelas condições de ambiente favoráveis pra proliferação do mosquito.
Entre os outros municípios que registraram óbitos está Frederico Westphalen com duas mortes, uma delas de uma jovem de 26 anos, sem comorbidades que pudessem torná-la mais suscetível à doença.
Com os dois óbitos e 488 casos confirmados da doença, o município reforçou as ações de combate ao mosquito transmissor. Além do uso de inseticida em residências, o município também realizou a aplicação de pulverizador, popularmente conhecido como fumacê, nas ruas, com caminhonetes da Secretaria Estadual de Saúde.
Nas próximas duas semanas, o fumacê vai ser aplicado também em Três Passos e Tenente Portela, cidade que já teve três óbitos registrados por dengue, o maior número no Estado.
Na quinta-feira (7), o Governo do Estado informou que realizou o repasse extraordinário de R$ 13,8 milhões para os municípios gaúchos para reforçar ações de vigilância e assistência ao combate à dengue e outras doenças transmitidas pelo Aedes aegypti, como chikungunya e zika.
Cada município terá 180 dias para usar o recurso e foi classificado de acordo com suas populações. Foram R$ 75 mil para cidades com mais de 200 mil habitantes (12 municípios), R$ 50 mil para cidades com 50 a 200 mil habitantes (32 municípios) e R$ 25 mil para as cidades com menos de 50 mil habitantes (453 municípios).
A recomendação da Secretaria Estadual da Saúde é para que a população busque atendimento médico assim que surgirem os primeiros sintomas. (confira a lista abaixo). Dessa forma, evita-se o agravamento da doença e a possível evolução para óbito. O uso de repelente também é recomendado para maior proteção individual.
Neste ano, o Rio Grande do Sul já registra 15.867 casos confirmados da doença, dos quais 13.444 são autóctones, que é quando o contágio aconteceu dentro do Estado.