Mandados foram cumpridos em Passo Fundo, Camargo e Nova Alvorada; homem apontado como líder de organização foi preso
Uma operação da Polícia Federal no norte do Rio Grande do Sul, na manhã desta terça-feira (20), teve como alvo um grupo suspeito de vender mercadorias importadas irregularmente. A estimativa é de que a organização tenha movimentado R$ 7 milhões por ano desde 2022.
Foram cumpridos 11 mandados de busca e apreensão nos municípios de Passo Fundo (2), Camargo (6) e Nova Alvorada (3), bem como um mandado de prisão preventiva.
Também são executadas ordens judiciais de sequestro de dois imóveis e de três veículos, entre outros bens, além do bloqueio de valores em contas bancárias de 10 pessoas físicas e jurídicas.
Um homem apontado como líder do grupo foi preso preventivamente em Passo Fundo, no bairro Boqueirão. Conforme a Polícia Federal, ele já havia sido detido em flagrante em outubro de 2023 com mais mais de cem itens, como celulares e câmeras fotográficas, avaliados em R$ 160 mil.
Este suspeito, cujo nome não foi divulgado, era investigado antes da prisão, a partir da informação de entregas de celulares em um shopping center de Passo Fundo, como relata o delegado Sandro Bernardi.
— Ele foi identificado e investigado. Em outubro esse homem foi preso em flagrante com um carro alugado, vindo do Paraguai, com mais de cem produtos eletrônicos. Entretanto, ele foi liberado após pagamento de fiança.
— A investigação prosseguiu, ao passo que identificamos que o grupo também tinha endereços em Camargo e Nova Alvorada, o que indica a formação de associação criminosa dedicada à aquisição clandestina, transporte, depósito e comercialização de produtos eletrônicos — acrescentou Bernardi.
De acordo com a investigação, o grupo revendia os produtos por meio das redes sociais. Somente o perfil do principal investigado somava mais de 20 mil seguidores no Instagram. Uma decisão judicial determinou o encerramento das contas de redes sociais utilizadas para a venda dos produtos irregulares.
O homem apontado como chefe do grupo ainda é suspeito de lavagem de dinheiro. Segundo a PF, ele usava nomes de laranjas para ocultar a origem de bens e valores obtidos com o comércio ilegal.