Sub, como é conhecido, recebe ração, água e bastante carinho
Há cerca de quatro anos apareceu no quartel dos bombeiros de Passo Fundo um cachorro ainda filhote, magro e perdido. Ninguém soube de onde ele veio, mas imediatamente um sentimento amizade surgiu entre as equipes. Juntas se prontificaram em adotá-lo, dando o nome de Sub, uma das patentes concedidas aos militares.
— Nos juntamos para dar água, comida, atendimento veterinário e pet shop. Fizemos uma caixinha e colocamos dinheiro lá. Ele não fica muito tempo limpo, está sempre passeando, embaixo dos carros e acaba de sujando, comenta o 1° sargento, Nilton Aguirre.
O cão tem caminho livre, não fica preso. Sai para a rua, volta e circula pelos andares do prédio da corporação. É fácil encontrá-lo nas salas, de um lado para o outro entre as repartições. Calculam que ele deva ter entre quatro e cinco anos de idade.
— É um vira-lata da paz, sempre atento e isso é até engraçado. Às vezes estamos conversando e ele para. Fica observando de longe algo na rua, que se mexe, uma estátua. Mas está sempre brincalhão, gosta de carinho — salienta o soldado, José Maurício dos Santos.
A convivência é tanta que o mundo animal e humano de misturam. Em algumas situações quando soa o alarme para um chamado ou sai uma ambulância para um atendimento, Sub fica inquieto e às vezes vai correndo atrás do veículo. Ele não atua junto no combate ao fogo ou no socorro às vítimas, mas cumpre outro papel também importante, aliviar a tensão de uma profissão que exige.
— Chegamos cansados, estressados e ele está sempre disponível para correr, interagir, fazer a gente dar boas risadas. Na volta de algum local as pessoas dizem que tem um cão junto ao caminhão ou que ficou pelo caminho. É o Sub que cansou, voltamos e colocamos ele para dentro e seguimos viagem. É um companheiro e tanto, afirma Santos.
Sub chegou pequeno e cresce a cada dia que passa. Se depender do comando vai seguir pelo quartel, quem sabe até ganhar um promoção na carreira pelo trabalho que faz ao proporcionar calmaria em lugar tão corrido.
— Aonde vamos ele vai junto, quer sempre um mimo, um pedaço de carne ou se jogar na grama do campo de futebol. É só entrar na mesma onda que ele que fica agitado e não sai mais de perto — finaliza Aguirre.